Reforma
passa, mas governo vai enfrentar capitalização de
descontentes
Depois de ignorar a pressão do poder Judiciário
e esvaziar uma tentativa de rebelião em setores da própria
bancada na Câmara, o governo Luiz Inácio Lula da Silva
aprovou ontem, com margem folgada de votos e mais de 14 horas de
negociações, a reforma da Previdência em primeiro
turno.
Com um placar de 358 votos favoráveis e 126
contrários, os deputados ratificaram a fixação
do subteto da magistratura em 85,5% dos vencimentos de um ministro
do Supremo Tribunal Federal (o equivalente a R$ 17,2 mil), que alivia
o caixa dos Estados. Nove deputados se abstiveram de votar, oito
deles petistas.
Hoje serão votados destaques à reforma,
apresentados pelas bancadas que, se aprovados, podem alterar pontos
do texto votado ontem. Os parlamentares aprovaram a elevação
do teto para o pagamento integral das pensões de R$ 1.058
para R$ 2.400.
Vencimentos acima deste montante serão submetidos
a um redutor de 50%. Atendendo demanda da Câmara, a reforma
aumentou o teto de incidência da contribuição
dos servidores inativos para R$ 1.200 e estabeleceu a criação
de fundos de pensão para os futuros servidores públicos.
Esses fundos serão estatais, fechados e no modelo de contribuição
definida.
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aprova reforma em 1º turno
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