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Nova
queda na renda e no emprego comprovam desaceleração
O nível
de emprego na indústria registrou queda pelo nono mês
consecutivo, em agosto, quando o índice recuou 1,1% em relação
ao mesmo período do ano passado. Na comparação
com julho, a redução foi de 0,3%. No acumulado do
ano, o número de trabalhadores diminuiu 1,3%. Os dados foram
divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). O Rio de Janeiro foi o Estado que registrou a maior queda
no emprego industrial, com taxa de -5,6% em agosto, em relação
a igual mês de 2001.
A desaceleração
da economia brasileira, na opinião de economistas ouvidos
pelo Jornal do Brasil, foi o principal motivo que levou ao encolhimento
do emprego na indústria. Segundo eles, a indústria
tem sofrido com o cenário de incertezas com as eleições
presidenciais, com os juros altos e o aperto fiscal. Por isso, a
demanda de máquinas caiu com a queda de investimentos.
E não
foi só o emprego que recuou. De acordo com o levantamento
do IBGE, os gastos da indústria com a folha de pagamento
(que contabiliza os salários e os encargos trabalhistas)
caiu (-2%) em agosto, em relação ao mesmo mês
do ano passado. Na comparação com julho, a queda é
de 1,6%. No ano, o resultado acumula retração de 2,4%.
Já o
valor médio da folha de pagamento por trabalhador - um indicador
do rendimento - também recuou (-0,9%) contra igual período
do ano passado. De janeiro a agosto, a queda é de 1,3%. O
Estado de São Paulo teve o maior peso nesse índice
(-5,1%). O número de horas pagas pela indústria amargou
queda de 1,5% em agosto ante o mesmo mês de 2001. No acumulado
do ano, a diminuição foi de 1,9%.
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