Era uma vez um natal...

O aumento de três pontos percentuais na taxa básica de juros da economia (Selic) caiu como uma bomba no comércio carioca. ''O Natal foi embora'', disse o presidente do Instituto Fecomércio-RJ, Orlando Diniz, em entrevista ao Jornal do Brasil.

O executivo diz que lojistas estão revisando as projeções para o fim de ano. Ele prevê ainda que o aumento dos juros chegará ao mercado em no máximo duas semanas. Já às lojas, o repasse depende do impacto no crédito e a conseqüente retração nas vendas.

Segundo ele, o pagamento dos créditos complementares referentes ao FGTS e a renda extra proveniente de contratações temporárias para as eleições deram um ''alento ao comércio'' nos meses de julho, agosto e setembro, quando as vendas tendem a ser menores. O efeito foi passageiro.

E ainda que a alta dos juros seja temporária, um mês para o setor varejista pode ser tempo demais. Se a taxa baixar, setores que têm como se mobilizar mais rapidamente conseguirão retomar as encomendas a tempo de atender a demanda do Natal. Já aqueles produtos que dependem de importação de componentes para a sua confecção dificilmente serão bem-sucedidos na empreitada.

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