Erika
Vieira
“Há uma grande relação entre educação
e saúde. Com os dados analisados [na pesquisa da Firjan]
provamos que com um pouco de educação conseguimos
melhorar a mortalidade infantil, que noções
básicas de higiene fazem os índices de saúde
melhorar”, declara o economista Patrick Carvalho, que
coordenou a pesquisa do Índice Firjan de Desenvolvimento
Municipal (IFDM).
Depois de mapear as áreas de educação,
saúde, emprego e renda de 5.564 municípios brasileiros,
o IFDM mostra que a melhora da saúde está intimamente
ligada à melhora da educação. No ranking
da saúde o primeiro colocado foi a cidade de Ivatuba
(PR) com a pontuação 1,0 – a escala usada
pontua 0 (zero) para o pior e 1 (um) para o melhor -, na área
de educação, a mesma cidade também mantém
nível alto de 0,9. Já o segundo lugar fica com
Flórida (PR), na saúde chega a 1,0 e na educação
0,8.
O mesmo acontece no ranking da educação. O
topo fica com Dolcinópolis (SP), que atinge 1,0 e em
saúde 0,9. O segundo lugar, Sebastianópolis
do Sul (SP) alcança 0,9 no primeiro quesito e 0,8 no
segundo.
Migração
A pesquisa também analisou condições
de emprego e renda, verificando que houve melhor crescimento
nas cidades do interior. “Na pesquisa captamos que o
desenvolvimento foi dado na interiorização.
A ida [de emprego e renda] para o interior torna-se mais consistente,
não depende dos grandes centros”, diz Carvalho.
O fato pode explicar a diminuição da migração
em metrópoles como São Paulo – que no
ranking do IFMD a capital paulista fica na 130º colocação.
De acordo com dados da Fundação Seade, o município
de São Paulo registra saldos negativos no crescimento
populacional da cidade. Diferente do período anterior
a década de 80, em que havia crescimento em função
do componente migratório. Na década de 60, por
exemplo, a média de migrantes na cidade era de 1.285.343
pessoas, a partir da década de 90 o número passa
a marcar o índice negativo de 754.358.
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