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EDUCAÇÃO
21/11/2003
MEC concentra esforços no ensino médio para melhorar índices

O Ministério da Educação prepara uma série de medidas para tentar melhorar o nível do ensino médio e reduzir as diferenças sociais e regionais retratadas pela última edição do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). A estratégia, anunciada na quinta-feira pelo secretário de Educação Média e Tecnológica do Ministério da Educação, Antônio Ibañez, deverá concentrar seus esforços para reduzir as dificuldades enfrentadas por estudantes que freqüentam cursos noturnos.

O secretário está convicto de que qualquer ação nesta área proporcionará impactos positivos. “Eles são a maioria, 60%. Não têm tempo para estudar, livros para consultar.” Por essa razão, a secretaria antecipou a distribuição de livros didáticos para ensino médio em seis meses.

A distribuição passará a ser feita a partir de julho de 2004, para as Estados das regiões Norte e Nordeste. Os livros serão para as disciplinas de português e matemática.“Era quase uma imposição das secretarias Estaduais”, disse o secretário.

Obrigatório
Ibañez também deu mais detalhes sobre a transformação do ensino médio obrigatório. A medida deverá abranger alunos com até três anos de defasagem série-idade. A expectativa é de que a regra já esteja valendo no próximo ano.

Para jovens e adultos, a secretaria estuda a preparação de um projeto educacional adequado, que contemple não só a formação, mas também a profissionalização. “Isso será mais interessante para este público”, afirmou.

O secretário anunciou ainda a edição ainda esta semana de um decreto criando o ensino médio tecnológico. “A idéia é atrair jovens com cursos que tragam conteúdo do ensino médio e, ao mesmo tempo, ofereçam uma habilitação técnica.” O curso teria quatro anos de duração.

Professores
Para melhorar a formação de professores, está em fase final a criação da Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Ensino Médio e Profissional. Uma portaria do ministro da Educação, Critovam Buarque, deve ser editada nos próximos dias, afirmou.

“Nossa intenção é que ela tenha a mesma importância que a Capes exerce no ensino superior”, comparou.

Ibañez admite que a questão salarial também é icrucial. Ele calcula que até meados de dezembro os trabalhos do grupo interministerial criado para estudar a remuneração dos professores anuncie seus resultados.


LÍGIA FORMENGI
Da Agência Estado

   
 
 
 

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