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Erika Vieira
Máquinas express de camisinhas serão instaladas
dentro de bares em São Paulo. A experiência é
pioneira no Brasil e começa nesta sexta-feira, 30,
no Vegas Club, véspera do Dia Mundial de Luta Contra
a Aids.
”A lei federal permite que seja
vendido preservativo em qualquer tipo de estabelecimento,
então pensamos em porque não o bar, já
que é um local desinibidor”, afirma Marta Mc
Britton, coordenadora do Instituto Cultural Barong. A Barong
junto com a Rede Brasileira de Promoção de Informações
e Disponibilização da Contracepção
de Emergência criaram esse projeto piloto que começará
no Vegas e se expandirá para mais 20 bares, nas regiões
do Jardins, Vila Olímpia e Vila Madalena. Alguns dos
próximos a contarem com o serviço são
o Jacaré, Genésio, Canto da Vila e o Consulado
Mineiro.
Uma Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes
e Práticas na População, feita pelo Ministério
da Saúde, revelou que 77% das pessoas de 15 a 54 anos
comprariam camisinhas em danceterias e boates, 52% em bares,
49% em lojas de conveniência e 42% em bancas de jornal.
O funcionamento é simples.
Basta o usuário colocar uma moeda de R$1,00 que a máquina
disponibiliza o preservativo. “A gente não sabe
se o melhor lugar para deixar a máquina é perto
do caixa ou do banheiro”, diz Marta. Por isso, inicialmente
o equipamento ficará próximo aos caixas.
“A máquina serve como
um lembrete de que o sexo seguro é o mais recomendável”,
fala Facundo Guerra, proprietário do Vegas Club. Ele
aposta que a idéia irá emplacar. “Já
dá certo em outros países. Os clubes e bares
de fora têm máquinas nos banheiros.”
Garçons, barmens, caixas, gerentes
e outros funcionários serão capacitados por
agentes de saúde da Barong, com informações
sobre DST, Aids, educação sexual e reprodutiva.
Cartilhas e cartazes também serão disponibilizados.
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