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transporte
27/08/2004
Custo do bilhete único cresce R$ 16,5 mi

O custo de implantação do bilhete único do transporte coletivo em São Paulo está desde ontem R$ 16,5 milhões mais caro.

Um aditivo assinado pela administração Marta Suplicy (PT) com a empresa Cobra Tecnologia estabelece esse reajuste contratual, que representa 13,58% do valor firmado em agosto de 2003.

O mesmo contrato, cuja quantia inicial era de R$ 121,6 milhões, já havia sofrido elevação de R$ 10,6 milhões em março.

Esses montantes se referem ao trabalho de processamento e armazenamento de dados, implantação, manutenção e operação da bilhetagem eletrônica -ou seja, a parte tecnológica do sistema, sem incluir a confecção dos cartões nem os subsídios para compensar eventuais perdas de arrecadação.

A quantia aditida com a Cobra ultrapassa R$ 27 milhões, 93% superior aos R$ 14 milhões necessários para a instalação de catracas eletrônicas compatíveis nas estações do Metrô paulista -e que já teriam permitido uma integração tecnológica dos dois sistemas.

O bilhete único é uma das principais bandeiras de campanha de Marta à reeleição -e também tem a promessa de continuidade por seus principais adversários. Ele permite viagens livres em ônibus e lotações no intervalo de duas horas pagando R$ 1,70.

O custo para a instalação do cartão em 2004 deve superar cerca de 40% a previsão orçamentária, segundo admite o governo Marta.

O presidente da SPTrans (órgão municipal que cuida do transporte), José Evaldo Gonçalo, afirma que a razão para a elevação dos custos é a expansão da rede e a adesão ao bilhete único pelos passageiros. "Foi mais do que imaginávamos. Virou uma febre", diz.

Segundo ele, mais de metade das passagens em ônibus e lotações já são pagas atualmente com créditos do cartão magnético.

Gonçalo atribui os aditivos com a Cobra Tecnologia, cuja contratação é válida por 60 meses, ao "acréscimo de serviços" -motivado pela necessidade de mais equipamentos de tecnologia e informática para a ampliação dos sistemas de carregamento do bilhete, tanto em lotéricas como nos demais postos (supermercados, farmácias, lojas e alguns móveis, instalados em terminais).

O Orçamento previa inicialmente gastos de R$ 25,8 milhões para a implantação do bilhete único neste ano. Gonçalo diz que esses gastos devem atingir R$ 35 milhões até dezembro. Ele diz que, desde 2001, a prefeitura gastou entre R$ 80 milhões e R$ 90 milhões na adoção do cartão.

A assessoria do vereador Roberto Tripoli (PSDB) afirma que já foram gastos R$ 32,2 milhões neste ano e empenhados R$ 69,2 milhões -169% mais que a estimativa. Para Gonçalo, essas contas provavelmente incluem despesas de tecnologia do transporte desvinculadas do cartão magnético -como sistema de monitoramento de ônibus por satélite.

ALENCAR IZIDORO
da Folha de S.Paulo

 
 
 

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