Cardápio a bordo tem opção light
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servido na classe executiva da United Airlines |
JORGE
BLAT
da Folha Online
Saborear
uma alimentação saudável, light ou especial
é possível mesmo nas alturas. A ênfase para
refeições leves, livres de gorduras e condimentos
pesados é cada vez maior nas companhias aéreas. O
que talvez possa deixar os viajantes descontentes é a pouca
quantidade de alimento oferecida durante as viagens.
Em média, o passageiro tem em seu prato ou bandeja 70% do
que comeria em terra. Isso porque comer bastante em vôo pode
prejudicar a digestão, devido à pressurização
e à altitude. Por isso, há a preocupação
das empresas em preparar refeições de fácil
digestão.
Seguindo essa tendência de uma alimentação saudável,
a companhia britânica British Airlines prepara alimentos grelhados
em vez de fritos, ou utiliza molhos mais leves e maior quantidade
de arroz e grãos para aumentar os nutrientes da refeição.
Os cardápios especiais da maioria das empresas aéreas
dispõem de até 25 opções, para as classes
executiva, turística (econômica) e primeira classe.
O leque varia de refeições vegetarianas, de baixa
caloria, para diabéticos ou específicas para crianças,
até as preparadas segundo a religião do passageiro,
como a "kosher" (judaica) ou a muçulmana.
As companhias exigem apenas que as solicitações sejam
feitas com 48, ou, no máximo, 24 horas de antecedência.
A recomendação é que o pedido seja feito no
momento da reserva, dependendo do tipo de refeição
e da empresa aérea.
Mas, como nem o menu tradicional pode ser esquecido, as companhias
tentam se esmerar para agradar o exigente paladar do passageiro,
principalmente o de primeira classe e o executivo. Entre os frequentadores
de aviões, é comum ouvir que o sabor do alimento consumido
a bordo é pior do que o ingerido em terra firme.
Todas as refeições são preparadas especialmente
para o consumo durante as viagens. Empresas especializadas, chamadas
de "catering", como a Gate Gourmet ou a LSG Sky Chefs,
têm cozinhas instaladas nos aeroportos, onde preparam as refeições
horas antes do embarque.
A validade dos pratos, de 24 horas, é exigida pela Agência
Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa). O órgão
é vinculado ao Ministério da Saúde e fiscaliza
as condições de higiene das cozinhas na preparação
dos alimentos. O objetivo é evitar a contaminação
toxicológica e microbiológica dos pratos.
Depois de prontos, eles são transportados para o avião
e acondicionados a uma temperatura de, no máximo, 14°
C, suficiente para preservar a textura e a qualidade da comida até
a hora de ser aquecida e consumida. Esses alimentos só podem
ser esquentados uma vez. No caso de sobrarem refeições,
elas são jogadas no lixo.
Fonte: Mário
Thurler, gerente-geral de serviço de bordo da Transbrasil
Linhas Aéreas; Luis Blanco Nuñez, agente responsável
de catering da Iberia Linhas Aéreas; Ricardo Carnevalli,
chefe de operações da Gate Gourmet Ltda.
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