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Anabolizantes causam câncer, esterilidade e problemas cardíacos

Os esteróides anabolizantes são drogas sintéticas que agem de forma similar ao hormônio masculino, a testosterona. Eles podem ser usados clinicamente, mas em casos muito raros.

Sua venda deve ser feita estritamente sob prescrição médica. É muito fácil, no entanto, obtê-los no mercado negro, normalmente estabelecido nas próprias academias e entre os praticantes.

O anabolizante, por si só, não aumenta a musculatura. Ele facilita, sim, a síntese de proteínas (ação anabólica), o que promove o crescimento dos músculos. Uma outra forma de agir é a androgênica, que dá características sexuais secundárias como crescimento de pêlos e mudanças na voz.

O uso indevido promove uma série de problemas no corpo, podendo causar câncer no fígado e de mama (tanto em homem como em mulheres).

No homem, causa o aumento das mamas, atrofia dos testículos e pênis e esterilidade, entre outros problemas. Na mulher, crescimento de pêlos, diminuição das mamas, aumento do clitóris etc.

Usar anabolizantes é ainda mais desaconselhável a jovens abaixo dos 21 anos, já que as drogas interferem no crescimento.

Como substitui a testosterona, o esteróide inibe sua produção natural. O cérebro pára de mandar para a hipófise, responsável pelo controle de produção de hormônios, o sinal de que o corpo precisa fabricar a testosterona. Dessa forma, os testículos começam a atrofiar e fabricam menos espermatozóides. Em casos menos avançados, esse quadro é reversível.

Problemas coronários e alterações temporárias no metabolismo do indivíduo também são constatadas. O miocárdio, que é um músculo, sofre um crescimento (hipertrofia) exagerado, o que facilita o infarto.

Há registros também de surtos de agressividade e, num plano relacionado, já foram registrados casos de compartilhamento de seringas para a aplicação. O comportamento possibilita a transmissão de doenças como hepatite e do vírus HIV.

Não bastassem todos esses efeitos colaterais, a longo prazo os anabolizantes perdem o efeito e, por consequência, há queda do rendimento.

Segundo os especialistas consultados, uma dieta balanceada, aliada ao uso de vitaminas receitadas por um médico e um programa de exercícios bem elaborado, pode render os mesmos efeitos que os anabolizantes, sem prejudicar a saúde.

(RC)

Fontes: Carlos Alberto Anaruma, professor de educação física do Instituto de Biociências da Unesp (Universidade Estadual Paulista), câmpus de Rio Claro; dr. João Hamilton Romaldini, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e professor titular da PUC Campinas; dr. Osmar de Oliveira especialista em medicina esportiva pela USP (Universidade de São Paulo) e locutor esportivo


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