Meio
ambiente não é
sinônimo de natureza
Carlos
Eduardo - 30.set.99/Folha Imagem
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Crianças
de Brasília durante protesto em favor da Mata Atlântica,
na Comissão do Meio Ambiente da Câmara dos Deputados |
da
Folha Online
A
definição da expressão "meio ambiente",
ao contrário do que muitos pensam, não está
apenas relacionada à natureza. A confusão sobre o
significado leva muitos a acreditarem que "proteger o meio
ambiente é o mesmo que preservar a natureza". Isso é
verdadeiro, mas apenas em parte.
Os
conceitos atuais utilizados pela educação ambiental
são mais amplos e envolvem o ambiente construído,
o social e até o próprio corpo. Nesse sentido, uma
das preocupações do indivíduo deve ser consigo,
ou seja, o "ambiente" a ser protegido é o próprio
corpo. Ter uma alimentação saudável, procurar
informações sobre qualidade de vida (mudar a "cabeça")
e frear um certo ímpeto consumista são alguns passos
que podem ajudar a iniciar uma pequena transformação
na relação com o meio ambiente. Uma transformação
que vai se estender, gradativamente, a outros "ambientes":
ao relacionamento com as pessoas à natureza.
Mudanças
que podem começar em casa, por exemplo, optando por produtos
com menos embalagem, na economia de energia elétrica, na
separação de objetos plásticos, latas e alimentos
do lixo para que depois sejam reciclados e aproveitados na fabricação
de outros produtos, na redução do uso de água
na hora de escovar os dentes, de tomar banho, de lavar os utensílios
ou o carro e varrer a calçada em vez de empurrar a sujeira
com a água.
Na
educação ambiental, esses tipos de iniciativas, assim
como cursos de formação voltados à temática
ambiental, projetos de capacitação, jogos cooperativos,
elaboração de materiais didáticos, visitas
a museus e caminhadas em trilhas fazem parte do processo que auxilia
o trabalho do educador.
Com esses elementos, é possível motivar e capacitar
os indivíduos para a melhoria das relações
entre as pessoas e o meio ambiente. (JB)
Fonte:
Andréa Pelicioni, educadora ambiental e doutoranda na Faculdade
de Saúde Pública da USP (Universidade de São
Paulo); Ana Flávia Borges Badue, consultora da área
ambiental e diretora-executiva da ONG (organização
não-governamental) Comam (Comunicação para
o Meio Ambiente).
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