Educação
ambiental
é processo permanente
da
Folha Online
O
educador ambiental segue os princípios elaborados na Primeira
Conferência Intergovernamental de Tbilisi, na Geórgia
(ex-URSS), em 1977.
Recomendações, princípios, características
e conteúdos, discutidos e aprovados no encontro orientam
estratégias de desenvolvimento da educação
ambiental no mundo. Na educação ambiental esse processo
é contínuo e permanente. Os objetivos fundamentais
do educador são:
Sensibilização
- Num primeiro momento, o educador ambiental atua para que indivíduos
e grupos sociais adquiram consciência e sensibilidade em relação
ao ambiente e aprendam a identificar problemas. Realização
de trilhas e estudos do meio (urbano ou campestre) são atividades
educativas que auxiliam o educador.
Conhecimento
- Aspecto importante é a transmissão de conhecimento.
O educador propicia ao indivíduo uma compreensão básica
do ambiente e seus problemas. A participação em palestras
com especialistas ajuda a entender o contexto ambiental.
Formação de atitudes - Outro fundamento importante
se refere a formação de atitudes favoráveis
à relação com o meio ambiente e a motivação
para participar na sua proteção e melhoria. Os fumantes,
por exemplo, são conscientes dos males que o cigarro causa
à saúde, porém, não têm a predisposição
ou motivação necessária para deixar o vício.
Em relação ao meio ambiente, o papel do educador ambiental
é exatamente a de estimular e de motivar uma intervenção
positiva. Essa predisposição, porém, é
subjetiva, influenciada pelos valores pessoais, crenças,
conhecimentos e experiências anteriores.
Habilidades
- Propicia condições para que as pessoas adquiram
habilidades para a solução dos problemas ambientais.
De acordo com as circunstâncias, o educador ensina como aproveitar
partes dos alimentos que são jogados no lixo (casca, folhas,
etc.) ou mostra como fazer compostagem e separação
do lixo inorgânico para a reciclagem e coleta seletiva. É
importante frisar que a educação ambiental deverá,
além disso, abordar o problema do consumismo (de supérfluos,
é claro), o desperdício, o papel da publicidade que
incentiva o consumo, os interesses econômicos etc.
Participação
- Nesta fase, as pessoas são incentivadas a assumirem responsabilidades
em escolas, no bairro, no edifício onde mora, na cidade,
no país e no planeta em prol da melhoria da qualidade de
vida das gerações futuras e atuais.
Capacidade
de avaliação - O educador estimula a avaliação
constante durante o processo, o que vai permitir a eficiente condução
do projetos educativos.
Fonte:
Andréa Pelicioni, educadora ambiental e doutoranda na Faculdade
de Saúde Pública da USP (Universidade de São
Paulo); Ana Flávia Borges Badue, consultora da área
ambiental e diretora-executiva da ONG (organização
não-governamental) Comam (Comunicação para
o Meio Ambiente).
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