Marion Jones


Alexander Karelin


Maria Olaru


Lance Armstrong


Hamish Carter


Maurice Greene


Steve Redgrave


Ronaldinho


Patrick Rafter


Javier Sotomayor


Ian Thorpe


O Pacífico vai à guerra das medalhas


A chama
olímpica
acende a causa social

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DO PAINEL FC

LÚCIO RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL


Elas estão de volta. As Organizações Não-Governamentais devem ter seu capítulo escrito na Olimpíada deste ano. A atuação das ONGs em Sydney durante os Jogos não deverá ser pequena, assim como não foi no ano passado, quando sua ação tumultou a reunião da Organização Mundial do Comércio em Seattle, fosse protestando contra a instituição ou fazendo manifestações contra o processo de globalização.

Mas na Olimpíada a presença das ONGs deve ser sentida de modo diferente. Será encampada pelos principais atletas, os que prometem se destacar e fazer história nos Jogos, já que a maior parte deles é conhecida pelo apoio a causas sociais e por sua ligação com as organizações.

Pesquisa do Socog, o Comitê Organizador de Sydney-2000, aponta que cerca de 400 ONGs têm apoio de atletas olímpicos.

É o caso de Ian Thorpe, a estrela teen da natação australiana e antecipada sensação dos Jogos. Recordista mundial dos 200 m, dos 400 m e do revezamento 4x200 m, ele espera abaixar as marcas mais ainda em Sydney. E aproveitar a repercussão de seus feitos para divulgar as causas que defende.

Entre elas, centros de recuperação para crianças com câncer e Aids na África, pesquisa para aperfeiçoamento do tratamento de câncer linfático e ajuda a instituições que agem como o CVV (Centro de Valorização da Vida).

Outro exemplo é Lance Armstrong, ciclista americano que descobriu ter câncer nos testículos há quatro anos, passou por cirurgias e quimioterapia e hoje é o favorito ao ouro. Quer dedicar a vitória a crianças enfermas e internadas em instituições que visita periodicamente, mantidas com recursos da fundação que formou.

E não deixa de ser a situação de Patrick Rafter, o mais carismático do circuito mundial do tênis, adorado na Austrália também pela filantropia.
Nas páginas seguintes, a Folha traz um perfil de 11 dos atletas que devem _ou pelo menos têm tudo para_ se consagrar em Sydney. Com algumas exceções, o bom comportamento e a preocupação com causas sociais são dois pontos fortes entre os homens e mulheres que tentarão fazer história na Austrália.


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