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ESPECIAL PARA A FOLHA "ETA no. Basta ya." Cartaz numa manifestação contra o terrorismo. O ETA voltou e com ele a violência dos atentados terroristas. Ao fim de 18 meses de trégua, o grupo separatista basco retorna à luta armada. Nem mesmo os insistentes apelos da população espanhola ou as manifestações de repúdio ao terrorismo fazem parar o radicalismo extremista do grupo. A questão basca não é nova. Quando surgiu no final dos anos 50, o ETA ou, no idioma basco, Euskadi Ta Azkatasuma, tinha como objetivo principal difundir valores e costumes do povo basco. Apenas a partir do final dos anos 60 a organização decidiu pelo caminho da luta armada. Nesse período, o regime ditatorial de Francisco Franco (1936-1975) proibiu qualquer manifestação do nacionalismo basco. Ameaçado pela ditadura e sem espaço de expressão política, o grupo decidiu pelo terrorismo, contando com amplo apoio da população basca. Com a morte de Franco e o fim da ditadura, iniciou-se um processo de reformas democráticas, que, em 1979, deu à Espanha uma nova Constituição. Com ela, o País Basco ganhou certa autonomia, passando a ter um órgão de governo próprio e liberdade para divulgar sua língua e cultura sem nenhuma restrição. Ocorre que o ETA quer mais: exige a formação de um Estado basco independente em território espanhol e francês, englobando ainda a província espanhola de Navarra. Para alcançar esse objetivo, o ETA promoveu uma série de atentados que resultaram na morte de mais de 800 pessoas ao longo de três décadas. No final dos anos 90, o ETA foi obrigado a aceitar um cessar-fogo, pressionado por uma onda de manifestações populares antiterrorrismo aliada ao fato de não contar mais com o apoio incondicional dos bascos, como ocorreu nos anos 60 e 70. Agora, alegando que as autoridades francesas e espanholas intensificaram a repressão a seus dirigentes e estão "dando as costas às negociações de paz", retomou suas ações terroristas. Roberto Candelori é professor de atualidades do colégio Pueri Domus Resumão: |
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