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ESPECIAL PARA A FOLHA Fernão Dias. Raposo Tavares. Borba Gato. Bandeirantes. A história de São Paulo está associada à imagem desses antepassados que rasgaram o interior da América em busca de metais, pedras preciosas e escravos. Desde o início da conquista colonial, os rústicos paulistas, em geral mamelucos, dedicaram-se à escravização de índios. Empregaram-nos em suas roças e nos engenhos de açúcar. Os bandeirantes eram caçadores de gente numa sociedade escravista, contratados para atacar tribos hostis e destruir quilombos. Eram responsáveis pela ordem social na colônia. Ao final do século 17, os paulistas descobriram ouro e pedras preciosas nas Minas Gerais. Pouco tempo depois, a mineração passou a ser controlada pelas autoridades metropolitanas. Aos paulistas restou, então, o abastecimento da região através de caminhos abertos a partir da capitania. A rede de comércio interno ganhou um enorme impulso com a chegada da Corte portuguesa ao Rio de Janeiro em 1808. Com o avanço das tropas francesas sobre Portugal, a monarquia decidiu deslocar a sede do império para sua colônia mais rica. Isso significou 15 mil novos moradores. A solução para o abastecimento da cidade foi a construção de estradas que permitiram o transporte de alimentos produzidos, principalmente, em São Paulo. Pela primeira vez, estabelecia-se um pólo econômico capaz de integrar de forma duradoura as diversas regiões. Até então não havia Brasil, mas colônias dispersas, cuja produção se voltava para o mercado externo e que estabeleciam entre si um comércio mais ou menos circunstancial. Ao mesmo tempo, realizavam-se casamentos entre membros da Corte e das principais famílias paulistas. Em pouco tempo, devido às afinidades econômicas e sociais, começava a surgir uma elite dirigente composta por comerciantes, proprietários rurais, membros da administração imperial e traficantes de escravos. Articulada em torno da Corte do Rio por laços sociais e econômicos, a elite paulista tinha interesse na preservação da unidade do Brasil, na manutenção da escravidão e no afastamento do risco da participação popular no processo político brasileiro. À margem do circuito exportador que organizava a colonização, os paulistas haviam se dedicado ao mercado interno. Em 1822, configuravam-se como uma força política indispensável na articulação _ entre um príncipe absolutista e uma elite escravista e liberal _, que culminou na emancipação do Brasil. Pacto com tempero tropical proclamado às margens do Ipiranga. Flavio de Campos é autor de "Oficina de História", Resumão: --> |
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