"Bree Tanner" preenche lacunas deixadas na história de "Eclipse"

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Stephenie Meyer utiliza personagem para revelar outra parte da história

Stephenie Meyer publicar um spin-off da "Saga Crepúsculo" pode ter soado como um caça-níqueis. Seu público aguarda ansiosamente por "Midnight Sun", o primeiro livro da série escrito do ponto de vista do vampiro Edward, e se decepcionou ao ver que quem ganhava voz era Bree Tanner.

A escolha foi estranha pelo fato da personagem aparecer em pouco mais de meia dúzia de páginas em "Eclipse". Ela faz parte do grupo de vampiros recém-transformados criado pela vilã Victoria para derrotar os Cullen, uma vez que voltaram a Forks e protegem Bella.

Eles são basicamente instinto e sede, além de possuir grande força bruta, o que faz deles uma arma poderosa. A garota tinha 15 anos quando foi "morta" e impressiona Bella, quando as duas se encontram após a batalha. Este encontro acaba se tornando importante para os desenvolvimentos do quarto livro, "Amanhecer". Vendo como um recém-criado reage, a protagonista percebe que irá perder muito mais do que imaginava ao se juntar ao seu amor pela eternidade.

Por não se esperar nenhuma novidade, "A Breve Segunda Vida de Bree Tanner" surpreende pelas revelações. Todos os quatro livros da série são escritos em primeira pessoa. Vemos todas as ações e situações pelo ponto de vista de Bella. Edward é uma criatura tão bela e sedutora porque o conhecemos pelo olhar apaixonado da garota. Mas existe todo um universo por trás dela e esta lacuna é preenchida pelo spin-off.

Fred Prouser/Reuters

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O texto veio a público motivado pelo filme, que obrigatoriamente tira a história da mente da narradora. David Slade, diretor de "Eclipse", utilizou os originais para mostrar na tela o que ocorre nas matanças em Seattle.

O novo livro é um grande conto. Não possuir capítulos, o que, juntamente com a escrita de Meyer, faz com que a leitura flua sem parar até o final. Parte-se basicamente do mesmo ponto que dá início a "Eclipse". Enquanto Edward mostra a Bella as manchetes que indicam vampiros descontrolados, vemos Bree em companhia dos causadores dela.

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Neste novo ponto de vista, conhecemos a rotina do exército de criaturas sobrenaturais, como Riley e Victoria mantinham o domínio sobre eles, a instabilidade deles e como eles próprios destruíam uns aos outros. Somos apresentados ao restante do bando.

Dentro do grupo havia suas próprias divisões e duas facções se formaram. Uma comandada por Raoul e outra por Kristie, isto gera as brigas que os destroem e a vantagem que os Cullen e os lobos possuem. Estes novos personagens sentem-se como deuses, desconhecem a necessidade de se manterem incógnitos e acreditam em mitos, como queimar no sol.

Aparentemente, o único recém-criado talentoso é Freaky Fred. Com o poder de repelir as pessoas, torna-se invisível fazendo com que ninguém olhe para ele. É o grande apoio de Bree para fugir das disputas internas.

Mais uma vez, como ocorre em todos os livros da autora, o amor é um elemento de redenção importante. Carlisle só poupa a personagem, porque ela se rende ao fim da luta. Sua racionalidade, suficiente para salvá-la, se dá por conta de sua procura por Diego, vampiro do grupo de Riley por quem se apaixonou.

Algumas cenas vistas em trailers ficam claras. A realeza, os Volturi, tinham pleno conhecimento do caos de Seattle e deixaram tudo acontecer por esperar que os Cullen sofressem alguma baixa. Edward sabe de tudo isso. Antes de ser executada, a garota passa tudo o que viveu para ele.

Observar o comportamento do grupo criado por Victoria também justifica o deslumbramento de Edward pela reação de Bella após sua mudança em "Amanhecer". Agora resta saber se os fãs se contentarão com apenas este extra.