Livraria da Folha

 
18/06/2010 - 20h10

Aguinaldo Silva chama Saramago de "chato e pentelho" no Twitter

da Livraria da Folha

Um dos novelistas globais de maior sucesso, Aguinaldo Silva disparou em seu Twitter críticas ao escritor português José Saramago, que morreu, aos 87 anos, na manhã desta sexta-feira.

O autor, que está em Lisboa, onde supervisiona o texto de uma novela, afirmou em seu microblog que em Portugal a única pergunta que se faz é se Saramago morreu brigado ou não com seu país de origem, com quem tinha rompido. Aguinaldo lembrou que o escritor português foi bastante polêmico.

Leia a repercussão da morte do escritor José Saramago

"Se eu gostava de José Saramago? Da pessoa nem um pouco, do ser político menos ainda e do escritor... Eu achava ele acima da média, só isso.", escreveu Aguinaldo Silva. Para o brasileiro, o escritor português "tinha um problema que nunca conseguiu superar: na vida como na arte fazia questão de ser um chato, um verdadeiro pentelho."

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O autor Aguinaldo Silva, que vai supervisionar o texto de "Caminho da Felicidade", coprodução da Globo e da SIC
O autor Aguinaldo Silva, que vai supervisionar o texto de "Caminho da Felicidade", coprodução da Globo e da SIC

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O premiado escritor português José Saramago, autor de "Caim", morto nesta sexta-feira em Portugal
O premiado escritor português José Saramago, autor de "Caim", morto nesta sexta-feira em Portugal

Num momento de modéstia, Aguinaldo Silva disse que quando ninguém mais se lembrar dele, os livros de Saramago continuarão a ser lidos. Silva é autor de romances policiais como "Prendam Giovanni Improtta" e "98 Tiros de Audiência".

O último livro de Saramago lançado no Brasil foi "Caim" , uma releitura das histórias bíblicas em que o protagonista xinga Deus de "filho da puta". No romance, após o assassinato do irmão Abel, Caim viaja no tempo e presencia cenas como a destruição de Sodoma e Gomorra e embarca na arca de Noé.

Pelo visto, Saramago não era benquisto por novelistas. A portuguesa Maria Adelaide Amaral, 67, também dramaturga e escritora, revelou à Livraria da Folha, em outubro do ano passado, que não tinha a menor vontade de ler "Caim". "Respeito as convicções dele, mas sou devota", afirmou na época.

 
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