Livraria da Folha

 
15/08/2010 - 17h41

Na Bienal do Livro, fé move montanhas e fila de autógrafos do padre Marcelo Rossi

PAULA DUME
colaboração para a Livraria da Folha

No último sábado (14), o público --majoritariamente feminino-- formou uma aura ao redor da mesa de autógrafos do padre Marcelo Rossi, na Bienal Internacional do Livro de São Paulo. No estande da Editora Globo, às 10h, Rossi começou a autografar "Ágape", seu mais recente livro. O ex-governador paulista Geraldo Alckmin também prestigiou o religioso no evento.

A fila de autógrafos era um misto de fé e cansaço. Entre gritos histéricos de "padre Marcelo, cadê você? Eu vim aqui só pra te ver" e comentários mais discretos, há cinco horas e meia a aposentada Filhonília dos Santos Freita, 62, esperava para realizar seu sonho --chegar perto do padre Marcelo.

Divulgação
Ágape é uma palavra de origem grega que significa o amor divino, amor de Deus pelos seus filhos
Ágape é uma palavra de origem grega que significa o amor divino, amor de Deus pelos seus filhos

Ela acompanha as missas há 11 anos e tem todos os CDs e DVDs de Rossi. "Eu tive uma depressão forte, porque perdi meu filho e meu marido em um acidente de trânsito, em 2001. Fui curada através do programa dele", afirma.

Duas horas de espera e alguns metros a mais separavam a professora Lucileide Pereira da Silva, 46, de Filhonília. A educadora leu todos os livros de Rossi, exceto o último. Diz demorar, no máximo, quatro dias para finalizar um volume.

A assistente administrativa Renata Ladeia, 31, foi à Bienal para comprar "Ágape" e conseguir o autógrafo do padre. "Ficar duas horas na fila com uma criança no colo tem que ter um motivo especial."

Renata Gonçalves Brito, 35, estava ansiosa e emocionada. A professora infantil, que começou a evangelizar as crianças conforme os preceitos de Rossi, acompanha o padre desde suas missas no largo do Socorro, em Santo Amaro. "Acho que a Igreja Católica tem que ser isso que você está vendo. Esse monte de gente unido por Deus."

Mais de mil exemplares de "Ágape" foram vendidos ontem no pavilhão da Bienal do Livro.

 
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