Livraria da Folha

 
02/09/2010 - 19h20

Editor da Companhia das Letras lança livro sobre memórias e ancestralidade

da Livraria da Folha

Divulgação
Novo livro de Schwarcz reúne seis contos dedicados às lembranças e à ancestralidade
Novo livro de Schwarcz reúne seis contos dedicados às lembranças e à ancestralidade

Em "Linguagem de Sinais", o editor da Companhia das Letras Luiz Schwarcz se utiliza de fragmentos do passado para transpor fatos da realidade para o universo da ficção. O volume chegará às livrarias na próxima segunda-feira (6).

O título do livro era "Nada Além do que Já Disse", em referência a uma frase do artista renascentista Leon Battista Alberti (1404-1472) que viu em um museu em Lucerna, na Suíça. Além de mudar o nome da obra, Schwarcz também alterou o tipo de narrativa --de romance para contos e um "quase romance".

O romance seria baseado em uma história que o editor presenciou --o encontro com um passageiro com mal de Alzheimer em um voo para Lisboa. Os contos são reais, mas estão travestidos pelo caráter ficcional.

Por meio de episódios autobiográficos, focados no passado, Schwarcz expõe a intimidade de suas lembranças e as mescla com tons ficcionais. Os microtextos estão interligados pela recorrência de personagens e pela voz de um narrador que registra o antigamente.

Em um dos contos, o autor se refere às histórias do pintor espanhol Goya (1746-1828) e ao compositor alemão Ludwig van Beethoven (1770-1827) --gênios que sofreram com a surdez-- para moldar o perfil de Antônia, personagem enigmática e que, por conta de seus silêncios, é vítima da incomunicabilidade.

"Kadish", outro texto, conta a história de um cantor que queria ser um tenor de ópera, mas se torna um intérprete de sinagoga.

Schwarcz fundou a Companhia das Letras em 1986. Também escreveu os livros infantis "Minha Vida de Goleiro" e "Em Busca do Thesouro da Juventude", e um de contos chamado "Discurso sobre o Capim".

 
Voltar ao topo da página