Livraria da Folha

 
26/12/2009 - 16h34

Tsunami no oceano Índico deixou mais de 200 mil mortos; leia trecho

da Livraria da Folha

Há exatos cinco anos, no dia 26 de dezembro de 2004, um terremoto no fundo do Oceano Índico, próximo à costa da ilha de Sumatra (Indonésia), criou uma onda gigante que deixou um rastro de destruição e mais de 200 mil mortos, na pior catástrofe natural do século 21. Diversos países asiáticos, como Sri Lanka, Índia, Indonésia e Tailândia, tiveram boa parte do litoral devastado pelo tsunami, que chegou a causar danos e prejuízos até na costa oriental da África.

Infográfico explica como aconteceu o tsunami de 2004
Veja galerias de imagens da tragédia

Há cerca de 40 dias, os moradores de 18 países asiáticos, africanos e da Oceania participaram de um treinamento para alerta de tsunami. O exercício simulou exatamente o desastre de 2004, que chegou a matar 170 mil pessoas apenas na região de Banda Aceh (Indonésia), uma das cidades envolvidas na atividade.

Hotli Simanjuntak/Efe
Homem corre com seu filho nos braços em Ule Lhuee em uma simulação contra tsunamis na Indonésia
Homem corre com seu filho nos braços em Ule Lhuee em uma simulação contra tsunamis na Indonésia

Catástrofes como esta costumam marcar para sempre os povos e os países atingido. Um exemplo disso são as bombas nucleares que os Estados Unidos explodiram nas cidades japonesas de Hiroshima ou Nagasaki. Até hoje, este é um trauma difícil de superar para muitas das pessoas que viveram o momento ou conheciam de perto pessoas nestas condições.

O livro "1001 Dias que Abalaram o Mundo" registra estas e outras datas que ficarão para sempre na memória da humanidade, para o bem ou para o mal. Do Big Bang aos dias atuais, passando por descobertas científicas, revoluções, guerras e desastres naturais, a história é contada com base em 1001 momentos decisivos, sejam protagonizados pelo homem ou pela natureza.

Veja a seguir o trecho que trata do tsunami de 2004:

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26/12/2004 - Tsunami

Onda Gigante no oceano Índico gera imensa catástrofe

Divulgação
1001 Dias que Abalaram o Mundo
1001 Dias que Abalaram o Mundo

O horror passou pelo Sul da Ásia quando uma onda gigante, ou tsunami, varreu inúmeros assentamentos litorâneos do oceano Índico que havia em seu caminho. Um terremoto submarino de 8,9 graus na escala Richter, na costa da Indonésia, levantou o fundo do mar em cerca de 10m, gerando uma onda gigantesca que se propagou à velocidade de 800km/h. Foi o mais devastador tsunami dos últimos 40 anos.

O litoral do território indonésio de Aceh, bem como sua capital Banda Aceh, foi praticamente destruído. Algumas aldeias perderam 70% de sua população. Cerca de 50 mil pessoas ficaram sem suas casas e pertences, se falar da devastação das plantações e da indispensável frota pesqueira. No total, mais de 130 mil vidas se perderam na Indonésia. O tsunami atingiu também Mianmar, Tailândia, Siri Lanka, Índia e até a África Oriental, onde morreram 200 somalis. O número total de vítimas foi estimado em 200 mil, muitas delas vindas de outras partes do globo devido à popularidade dessas praias como destinos turísticos. Com 550 mortos, a Suécia foi o país ocidental com maior número de vítimas. Meses depois da tragédia ainda se achavam cadáveres. A água poluída e os corpos em decomposição geraram um grande temor de epidemias.

A catástrofe chocou o mundo. Um esforço internacional de colaboração de polícias técnicas foi organizado visando à identificação dos mortos e os governos da região acordaram desenvolver um sistema de alarme para o caso de futuros tsunamis. Em seis meses, um total de 12 bilhões de dólares foram doados às vítimas. Apesar disso, para os empobrecidos e desabrigados a tarefa de reconstrução se revelou lenta e frustrante. E os mais pobres foram os que tiveram menos acesso à ajuda humanitária.

"...uma força tamanha que a cabeça não conseguia entender."
Paul Murray, sobrevivente britânico, 2007

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"1001 Dias que Abalaram o Mundo"
Autor: Peter Furtado e Michael Woods
Editora: Sextante
Páginas: 960
Quanto: R$ 59,90
Onde comprar: 0800-140090 ou na Livraria da Folha

 
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