da Folha Online
Em 2009, a literatura internacional teve duas grandes perdas: o escritor norte-americano John Updike e Maurice Druon.
Saiba mais sobre cada um deles e veja as obras dos autores.
JOHN UPDIKE
AP |
Escritor John Updike morreu aos 76 anos em decorrência de um câncer no pulmão |
O escritor norte-americano John Updike nasceu no ano de 1932 em Reading, no Estado americano da Pensilvânia, e morreu em janeiro de 2009, aos 76 anos, em decorrência de um câncer no pulmão.
A obra de Updike é bastante ampla: ele já escreveu romances, coletâneas de poemas, histórias curtas e ensaios. Mas o autor ficou conhecido internacionalmente pela sua série de livros conhecida como "Coelho" ("Rabbit"), formada pelos romances "Coelho Corre", "Coelho em Crise", "Coelho Cresce" e "Coelho Cai". A coleção narra a história de Harry "Rabbit" Angstrom, uma ex-estrela do basquete no colégio que tem problemas para se ajustar à vida adulta.
Em "Consciência à Flor da Pele", livro lançado em 1989, o autor justifica a escolha da sua profissão de escritor por conta da psoríase, doença que desenvolveu desde criança e que provoca a descamação da pele.
Updike ganhou praticamente todos os prêmios literários, incluindo dois Pulitzers e dois National Book Awards. Também recebeu o prêmio de pior descrição de sexo pelo livro "As Bruxas de Eastwick", livro que foi adaptado para o cinema, tendo no elenco Jack Nicholson, Cher, Michelle Pfeiffer e Susan Sarandon.
Updike se formou na Harvard, em 1954, e passou um ano estudando artes em Oxford. De 1955 a 1957, ele começou a trabalhar no jornal "The New Yorker".
Veja livraria especializada em John Updike
Leia trecho de "Coelho Se Cala - E Outras Histórias", de John Updike
Leia texto de Ian McEwan sobre o escritor John Updike
-
MAURICE DRUON
Divulgação |
Maurice Druon |
O escritor francês Maurice Druon morreu em abril de 2009, aos 91 anos. O autor era membro da Academia Francesa de Letras e foi ligado ao general Charles de Gaulle.
Durante o seu período na universidade, seu talento para a literatura começou a surgir, porém seus estudos sobre a literatura francesa foram interrompidos pela guerra.
Segundo o jornal inglês "The Telegraph", Druon se tornou um herói da resistência francesa ao nazismo, por ter escrito a música que se tornou símbolo da luta. Ele lutou na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), combateu no interior da França e depois entrou para serviços de informações da chamada "França Livre", em Londres, com De Gaulle.
Suas histórias de guerra foram reunidas no livro "As Grandes Famílias", que ganhou o prêmio Goncourt.
Em 1966, foi eleito para a cadeira número 30 da Academia Francesa, sucedendo a Georges Duhamel.
"O Menino do Dedo Verde" é um dos seus romances mais conhecidos. A obra infanto-juvenil foi publicada em 1957 e conta a história de Titsu, um menino que fazia flores nascerem por todos os lugares. No Brasil, já está em sua 82ª edição.
Druon também escreveu a coleção "Os Reis Malditos", conta a história da monarquia francesa indo de Felipe, o Belo até o começo da Guerra dos Cem anos.
-
Mais perdas na literatura em 2009