Autor rompe com tradição das histórias infantis e lança fábula de pernas pro ar
colaboração para a Livraria da Folha
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| Livro traz fábula inusitada, cheio de surpresas e descobertas |
Quando se pensa em fábula, é inevitável a associação com as tradicionais histórias de cavalaria, príncipes e princesas, bravura, amor, coragem e tantos outros elementos comuns a esse tipo de conto. Em "A cobronça, a princesa e a surpresa", Celso Linck desconstrói essa lógica. Também fala de princesa, castelos e magos, mas de uma forma nada convencional, cheia de curiosidades.
A história tem início em um lugar especial, longe de tudo, e onde existia um castelo de muros altos e cinzentos. Havia também um imenso jardim, com lindas rosas perfumadas. Dentro morava um rei com cara chateada e um gato amarelo. Do lado de fora ficava uma criatura enorme com corpo de cobra e cara de onça - a cobronça.
Com medo da fera, o rei e o povo do reino não saiam do castelo há muitos anos. E aí começam os mistérios: o que havia com essa criatura? O que ela queria?
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Longe dali havia outro castelo, com características bem diferentes: traços árabes e orientais. Embora o reino fosse colorido, não havia jardins nem flores. Nele vivia uma princesa que passeava pelos arredores do palácio, mas nunca sorria, mesmo com todos os esforços do mago e do bobo da corte que também moravam lá.
Um belo dia, o bobo (que de bobo não tinha nada) pediu para o mago criar um encanto para que ele pudesse voar para outros lugares e encontrar algo que alegrasse a princesa. Com asas, saiu voando até avistar o castelo do rei assustado e do gato amarelo. Todos pegaram carona com o bobo e foram ver a princesa. Eles só não perceberam que estavam sendo seguidos pela cobronça.
E nesse momento, quando tudo parecia prestes a acontecer, nada acontece. Ou melhor, acontecem surpresas, mistérios e momentos de pura imaginação. Será que o mistério da cobronça será descoberto? O bobo vai conseguir fazer a princesa feliz? Aonde foi parar o gato amarelo? Será que rei vai mudar de castelo?
Linck é apaixonado por desenhos e histórias desde criança. É formado em ciências econômicas, mas sempre trabalhou com artes gráficas, passando por editoras voltadas para livros técnicos e acadêmicos, revistas e jornais.
As ilustrações são de Fê, que o autor conheceu quando trabalharam juntos na *Folha de S.Paulo. Formado em arquitetura e comunicação visual, Fê já ganhou vários prêmios e atualmente ilustra a coluna de José Simão, no caderno Ilustrada.
