Reuters
20/10/2002 - 11h51

Equatorianos vão às urnas para eleger presidente e renovar Congresso

da Reuters, em Quito

Os equatorianos vão às urnas hoje nas primeiras eleições desde a revolta indiana em janeiro de 2000, que contou com o apoio dos militares e colocou no poder o atual presidente, Gustavo Noboa.

Pesquisas de opinião pública mostram que nenhum dos 11 candidatos -incluindo um barão da banana, dois ex-presidentes e um coronel populista aposentado que liderou a revolta em 2000- têm votos suficientes para ganhar no primeiro turno.

Caso nenhum candidato consiga 50% dos votos, ou 40% mais uma vantagem de 10 pontos, os dois primeiros colocados disputam uma segunda rodada em 24 de novembro. Hoje, os eleitores também escolhem 100 membros que vão fazer parte do Congresso.

Uma pesquisa publicada no sábado mostra que o parlamentarista Leon Roldos lidera a disputa com 19,3% das intenções de votos.

Roldos é seguido de perto pelo coronel aposentado Lucio Gutierrez, populista apoiado pelos índios e grupos de esquerda, e pelo magnata da banana Alvaro Noboa, o homem mais rico do Equador, ambos empatados com 18,7%.

O ex-presidente Rodrigo Borja, 67, advogado, tem 17,4%. A pesquisa tem margem de erro de 2,7%.

A votação foi aberta às 8h e vai contar com 8 milhões de eleitores que votam para eleger o próximo presidente do maior país exportador de bananas do mundo. Os urnas serão fechadas às 18h. O voto é obrigatório no Equador.

O próximo presidente vai herdar um país sem fundos, com uma dívida de US$ 14 bilhões, ainda se recuperando da crise econômica de 1999, que levou à uma contração de 7,3% da economia e consequente suspensão de parte do pagamento da dívida. Como resultado, o país decidiu adotar o dólar como moeda de troca.

O Equador é rico em petróleo, porém mais de 12 milhões de pessoas vivem na pobreza. Uma elite descendente de espanhóis domina o país, que é uma nação extremamente heterogênea.

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