EUA querem guerra para ajudar Israel, diz líder do Hamas
da Reuters, em GazaO xeque Ahmed Yassin, líder espiritual do grupo islâmico Hamas, disse hoje que os Estados Unidos planejam uma guerra no Iraque para perpetuar o controle israelense sobre "a pátria palestina".
"A América está implementando a política sionista israelense para servir ao projeto sionista na Palestina", disse Yassin, em sua casa na faixa de Gaza. "A batalha que a América está travando deve permitir a Israel permanecer na pátria palestina."
| Reuters - 13.jan.2003 |
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| Ahmad Yassin (dir.), 66, líder espiritual do Hamas |
Em busca de seu objetivo, o Hamas comete frequentes atentados contra Israel. O grupo está na lista de organizações terroristas dos Estados Unidos e da União Européia.
Segundo Yassin, o presidente norte-americano, George W. Bush, quer fazer uma "guerra de cruzados contra os muçulmanos, que começou no Afeganistão após os atentados de 11 de setembro de 2001, e está hoje no Iraque e amanhã em outro país."
Segundo ele, a invasão do Iraque seria útil para Israel por reduzir a ameaça representada por Bagdá. Em 1991, durante a Guerra do Golfo, o regime de Saddam Hussein lançou 39 mísseis Scud contra Israel, e especula-se que ele financie a campanha de atentados suicidas palestinos.
"A política sionista e judaica é abater qualquer poder emergente no mundo muçulmano e árabe, por colocar em risco a existência de Israel em terras muçulmanas", afirmou.
"Portanto, eles querem privar o mundo árabe e muçulmano de qualquer poder. Eles Israel vão querer esmagar qualquer país que desenvolver um poder que ameace essa entidade."
Ele questionou o fato de Bush estar disposto a entrar em guerra contra o Iraque, mas não contra a Coréia do Norte, que já declarou ter um programa nuclear.
Yassin também criticou o fato de Israel supostamente ter armas nucleares, enquanto os muçulmanos não têm esse direito. "Só os fortes podem ser respeitados", disse.
Os palestinos vêm realizando manifestações de apoio ao Iraque em Gaza e na Cisjordânia. Já Israel defende ardentemente que os Estados Unidos entrem em guerra contra Saddam.
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