Reuters
14/02/2003 - 10h23

Protesto contra guerra no Iraque reúne 100 mil na Austrália

da Reuters, em Melbourne (Austrália)

Mais de 100 mil manifestantes pacifistas foram às ruas da Austrália hoje, dando início a uma série de protestos contra a guerra no Iraque marcados para ocorrerem neste fim de semana em todo o mundo.

Os organizadores esperam reunir milhões de pessoas em todo o planeta nos próximos dois dias no que seria uma das maiores manifestações pacifistas da história. Protestos devem acontecer em 600 cidades diferentes.

A manifestação de hoje em Melbourne (Austrália) aconteceu enquanto o mundo esperava pela entrega de um relatório dos inspetores de armas da ONU (Organização das Nações Unidas) em meio a desavenças cada vez maiores dentro da entidade, dentro da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e dentro da UE (União Européia).

O protesto pacifista foi o maior ocorrido na cidade australiana, a segunda maior do país, desde as manifestações contra a guerra do Vietnã, nos anos 1960.

Dezenas de milhares de pessoas foram às ruas de Melbourne. Mães empurrando seus carrinhos de bebê, empresários vestidos com terno, universitários e idosos aposentados caminhavam mostrando cartazes nos quais se lia: "Não troquem sangue por petróleo", "Não bombardeiem o Iraque" e "Estamos todos sozinhos".

O número de participantes foi o dobro do esperado inicialmente pelos organizadores.

Estudantes tiveram permissão para sair da escola na hora do almoço a fim de se unirem ao protesto, cujo alvo principal era o presidente norte-americano, George W. Bush.

Mas também sobraram críticas para o primeiro-ministro australiano, John Howard, que conversou nesta semana com o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, a respeito da possibilidade de a Austrália participar de um eventual conflito.

"Acho que todos querem convencer John Howard a mudar de opinião", declarou Clare Stone, uma funcionária pública.

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