Reuters
28/02/2003 - 08h19

Texano é acusado de vender unhas de cadáveres em universidade

da Reuters, em Galveston (EUA)

O supervisor do programa de doação de corpos de uma escola de medicina do Estado do Texas (centro-sul dos EUA) recebeu US$ 18 mil em troca de unhas de mãos e pés retiradas de cadáveres, disse hoje a escola.

Registros da Unidade de Medicina da Universidade do Texas em Galveston mostram que um laboratório farmacêutico pagou Allen Tyler por centenas de unhas dos cadáveres enviados à escola, enviando cheques para a casa dele.

O FBI (polícia federal dos EUA) está investigando Tyler desde maio passado, quando a universidade o demitiu e pediu que as autoridades investigassem se ele estava vendendo partes dos corpos.

O jornal "Houston Chronicle" noticiou sobre os pagamentos em sua edição de ontem, citando registros obtidos na universidade sob a Lei de Liberdade de Informação.

"A matéria que foi divulgada foi baseada nas informações que nós fornecemos [ao jornal]", declarou a porta-voz da universidade, Doris White.

Entretanto, a universidade não quis responder a perguntas específicas sobre os registros em razão de processos pendentes movidos pelas famílias dos doadores, mas confirmou que as informações eram corretas. O advogado de Tyler, Anthony Griffin, negou-se a comentar o assunto.

Tyler supervisionava o programa de doação de corpos da escola, encarregado de cuidar dos corpos doados por pessoas para pesquisa científica.

No ano passado, a Universidade do Texas revelou que Tyler deixou que as cinzas de dezenas de cadáveres cremados se misturassem, provocando um grande número de processos.

Segundo o "Houston Chronicle", Tyler recebeu US$ 18 mil pela venda de centenas de unhas para a companhia Watson Pharmaceuticals Inc . As unhas eram usadas no teste de drogas experimentais.

A porta-voz da companhia, Patty Eisenhaur, afirmou que a Watson mantinha contato com a Universidade do Texas sobre o fornecimento de amostras de tecido humano. Ela declarou que a empresa está conduzindo uma investigação interna para apurar a denúncia.

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