São Paulo, terça-feira, 4 de janeiro de 1994 |
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Sarney fica sem opções para candidatura TALES FARIA TALES FARIA; EUMANO SILVA
Ontem, o presidente do PMDB, deputado Luiz Henrique (SC), e o homem-forte do PTB, o ex-ministro José Eduardo Andrade Vieira, praticamente fecharam as portas de seus partidos para a candidatura do ex-presidente. Perguntado se estaria preocupado com a saída de Sarney do partido, Luiz Henrique respondeu: "Estou preocupado é em recompor para o partido a antiga imagem do MDB. Acho que o PMDB deve ser integrado por pessoas que se balizam pela convicção, não pela conveniência." Já Andrade Vieira, embora afirme não ter "restrições" à filiação de Sarney ao PTB, fez, na prática, uma restrição difícil de ser aceita pelo ex-presidente: "Não dá para ele vir com sua candidatura fechada. Antes, pretendo viabilizar a minha própria candidatura à Presidência. Sarney seria um aliado bem-vindo. Ele é uma liderança respeitável, mas sua candidatura tem uma viabilidade pequena." A filha de Sarney, deputada Roseana Sarney (PFL-MA), disse que o ex-presidente deve acabar ficando no PMDB: "Não vejo motivo para ele sair agora. Que o relacionamento dele com o partido sempre foi difícil nós sabíamos, mas agora há até muitos apelos dentro do PMDB para que fique." Entre esses apelos, os sarneyzis-as citam o do governador de São Paulo, Luiz Antonio Fleury Filho. Mas Sarney ainda procura uma saída. O senador Alvaro Pacheco (PFL-PI), seu amigo, procurou há dois dias o secretário-geral do PL no Rio, Milton Steinbruch. Ele se mostrou favorável à entrada de Sarney, mas não teve o apoio do presidente do partido, deputado Alvaro Valle. Texto Anterior: CPI investiga ligação entre Hargreaves e Fundação Vivili Próximo Texto: Quércia leva defesa à Executiva do partido Índice |
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