São Paulo, terça-feira, 4 de janeiro de 1994
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Denzel Washington agora quer ser diretor

JIM LONEY
DA "REUTER"

O ator Denzel Washington, 38, não esconde seu desejo de representar outro papel –atrás das câmeras. Com participações importantes em duas estréias de Natal –contracenando com Tom Hanks no filme "Filadélfia", um drama sobre Aids dirigido por Jonathan Demme, e com Julia Roberts no filme de Alan Pakula "O Dossiê Pelicano"–, Washington é uma rendosa atração de Hollywood. Mas sua decisão de trabalhar com Demme e Pakula não se deveu apenas aos cheques elevados e bons roteiros. "Estou explorando a mente deles porque quero dirigir", disse à "Reuter" durante entrevista em um hotel de Los Angeles.
Tanto "Filadélfia" –que estreou modestamente em Nova York, Los Angeles e Toronto em 22 de dezembro e tem seu lançamento previsto no resto dos EUA em 14 de janeiro (leia texto ao lado)– como "O Dossiê Pelicano", que também está nos cinemas do país, devem dar boa bilheteria. Apesar disso, Washington está mais interessado com sua agenda futura. "Nos últimos dois ou três anos a coisa mais importante tem sido com que diretor trabalhei."
Washington começou sua corrida em direção ao estrelato como filho ilegítimo de George Segal em "Carbon Copy" (1981) e recebeu boas críticas na série de TV "St. Elsewhere". Concorreu ao prêmio da Academia de Hollywood como melhor coadjuvante no papel de Steve Biko no filme "Um Grito de Liberdade" e ganhou a estatueta por "Tempo de Glória" em 1989. Seu mais recente sucesso foi no papel principal de "Malcom X", de Spike Lee.
Em "O Dossiê Pelicano", filme de ação baseado no romance de John Grisham, Washington é o jornalista Gray Grantham, que se envolve numa trama de assassinato em altas esferas governamentais. O filme marca o retorno de Julia Roberts ao cinema depois de um longo período. "Havia três anos que ela não participava de nenhum filme", diz Washington. "Posso imaginar o barulho da caixa registradora na cabeça de meu agente", acrescenta rindo.

Tradução de Lise Aron

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