São Paulo, sábado, 8 de janeiro de 1994
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Supermercados engrossam as vendas

MÁRCIA DE CHIARA
DA REPORTAGEM LOCAL

Fazer a compra do mês e de quebra levar um seguro para casa. Essa é a estratégia usada por alguns supermercados para prestar mais um serviço ao consumidor. Para as seguradoras é uma forma de popularizar o produto.
O Carrefour saiu na frente. Em 91 criou um corretora para comercializar seguros dentro do hipermercado. Na época foram vendidos 50 apólices. Em 93 ultrapassou a marca de 20 mil, 40% a mais do que no ano anterior. Com 14 lojas onde o serviço já está implantado, a meta é atingir a marca de 29 em dois anos.
"Esse volume supera as vendas de uma simples corretora e equivale a uma seguradora de porte médio", diz o diretor da Carrefour Corretora de Seguros, Raimundo Almendary, 60.
O diferencial oferecido na venda de seguros dentro do supermercado é a facilidade na negociação. Segundo Almendary, não demora mais do que 20 minutos entre fazer a vistoria de veículo e fechar negócio. Além disso, a loja tem horário mais flexível: funciona aos sábados até 22h.
O Eldorado entrou na onda dos seguros em 92. Criou uma corretora associada à Itaú Seguros. Hoje, de suas oito lojas, seis já comercializaram seguro e os negócios tiveram aumento expressivo. No começo eram vendidas dez apólices mensais por loja. Hoje cerca de 60, informa o diretor de marketing da Itaú Seguros, José Carlos Moraes de Abreu Filho.
Críticas não faltam à iniciativa dos supermercados. O consultor Antonio Penteado Mendonça, por exemplo, diz que pode ser muito fácil fechar negócio, mas receber o seguro nem tanto. Isso porque o poder de pressão de quem vende seguro é menor do que o do corretor. O diretor da Itaú Seguros rebate a crítica dizendo que quem vende o produto nos supermercados também é corretor e é treinado.
(MC)

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