São Paulo, sábado, 8 de janeiro de 1994
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Preços sobem 6,08 % na primeira semana

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

Preços sobem 6,08% na primeira semana
Média das três semanas anteriores foi de 9,5% em São Paulo; ritmo deve acelerar nos próximos dias
A primeira semana do ano foi um período de reajustes menores do que os que vinham sendo praticados em dezembro nos supermercados e hipermercados. Pesquisa do Datafolha em 24 estabelecimentos na cidade de São Paulo mostrou que os supermercados reajustaram seus preços em 6,08%, abaixo da média das três semanas anteriores: 9,5%.
Nos hipermercados, os aumentos foram menores: 4,69%. Foi a menor taxa desde o início de outubro. Nas três semanas anteriores, os hipermercados haviam reajustado em 9,22%.
Quem achar que este ritmo de reajuste menor pode continuar, está enganado. As compras de mês devem ser feitas o mais rápido possível porque as novas taxas de reajuste vêm salgadas. O aviso é dos próprios donos de redes de supermercados, que esperam para as próximas semanas as maiores altas em três anos.
As indústrias estão repassando as novas tabelas com aumentos médios de 42%, afirmou Firmino Rodrigues Alves, da Associação Paulista de Supermercados. O comportamento dos preços na primeira semana do mês foram atípicos, segundo ele, uma vez que a semana foi curta devido ao fechamento de balanço das empresas. Além disso, os supermercados não têm ainda produtos com preços de 1994, afirmou.
A pesquisa de preços será fundamental para os consumidores, uma vez que a previsão do mercado é de que alguns produtos indispensáveis à alimentação diária poderão ter evolução de 5% a 6% acima da inflação. O arroz, devido a entressafra, está na lista.
Os maiores aumentos de preços na semana ficaram para os hortifrútis (19,9%), produtos que tradicionalmente sobem no início de ano. Carnes (9,35%), cereais (9,34%) e produtos matinais (8,26%) também estiveram entre as maiores evoluções da semana.
Os artigos de higiene e de limpeza subiram abaixo da média geral: 4,55% nos produtos de higiene e 4,82% nos de limpeza. Em 30 dias, a alta foi de 39% e 33%, respectivamente. O aumento dos produtos de limpeza, abaixo da média geral, indica que os próximos reajustes podem superar os demais setores.

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