São Paulo, sábado, 8 de janeiro de 1994 |
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Londres fecha programa do Festival da Bahia
LUÍS ANTÔNIO GIRON
Promovido pelo organização inglesa de utilidade pública Brazilian Contemporary Arts (BCA), o festival acaba de fechar uma programação mínima, com shows, exposições, filmes e palestras (leia quadro ao lado). O custo do evento é de US$ 450 mil, segundo Edna Crepaldi, diretora do BCA. A maior parte dos patrocinadores é do Brasil: bancos, empreiteiras, o governo da Bahia e a Petrobrás. Serão transportadas 120 pessoas do Brasil para a Europa, inclusive 40 membros da Mangueira, que se apresentarão com os Doces Bárbaros. Edna espera que o evento dê grande repercussão e promova o BCA, que recebe dinheiro do governo britânico e tem uma programação anual voltada à cultura brasileira desde sua fundação, em 1980. "É um desafio divulgar a Bahia e o Brasil num país onde confundem samba com salsa", diz Edna. O escritório do BCA funciona no centro de Londres com três funcionários. Apesar de pequena, a instituição se orgulha de ter consolidado a carreira de Gil em Londres. "Hoje ele tem um público londrino fiel graças a nós", conta Edna. Gil virou patrono do BCA. Edna teve a idéia de reunir em conversas com o músico, de cinco anos para cá. "No início ele relutou, mas acabou gostando. Foi um feito ajustar a agenda deles". Edna acha que foi coincidência a Mangueira pensar na mesma coisa. Os Doces Bárbaros serão o enredo da escola de samba e fazem show na quadra no próximo sábado para arrecadar fundos para o Carnaval. Algumas das músicas dos dois shows já estão confirmadas (leia texto à esquerda). "O show será o clímax do evento e vai ajudar a criar uma segunda onda de interesse pela MPB depois da moda da lambada", diz Edna. O BCA está negociando com a BBC a cobertura televisiva do evento e a transmissão, em fevereiro, de um programa de rádio sobre cultura baiana. Texto Anterior: Balé forma 3ª geração Próximo Texto: Record relança "A Lista de Schindler"; Diretor quis 'documentar' Índice |
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