São Paulo, sábado, 8 de janeiro de 1994
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A morte é um passo adiante

PAULO COELHO
COLUNISTA DA FOLHA

Grande parte das civilizações primitivas costumava enterrar seus mortos na posição fetal. "Ele está nascendo para uma outra vida, de modo que vamos colocá-lo na mesma posição que veio para este mundo", diziam. Para estas civilizações –em constante contacto com o milagre da transformação –a morte era apenas mais um passo no longo caminho do Universo.
Aos poucos, fomos perdendo a suave visão da morte. Mas não importa o que pensamos, o que fazemos ou em que acreditamos: queiramos ou não, vamos todos morrer um dia. Então, é melhor fazer como os velhos indios iaqui: usar a morte como conselheira. Perguntar sempre: "já que vou morrer, o que devo fazer agora?"

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