São Paulo, domingo, 9 de janeiro de 1994 |
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Brizola se inspira em presidente da Venezuela para sua campanha
DA SUCURSAL DO RIO A eleição do democrata-cristão Rafael Caldera, 77, para presidente da Venezuela encheu de esperanças a cúpula do PDT e o governador do Rio, Leonel Brizola. Brizola, 72, comemorou a vitória de Caldera e adotou como diversão predileta no último mês relacionar fatos coincidentes entre a candidatura de Caldera e a sua. Ele tem dito que se sente em "plena forma física e mental".Caldera foi eleito sob um clima de grande tensão e de rumores de golpe militar. A crise venezuelana começou com a política neoliberal e de privatizações do ex-presidente Carlos Andrés Perez, eleito em 89 e afastado sob acusações de corrupção. O principal discurso de Caldera foi a crítica ao neoliberalismo e às privatizações, o mesmo que Brizola usará em 94. O maior adversário de Caldera é Andrés Velasquez, 40, candidato da Causa Radical, de esquerda, com origens no movimento sindical e "primo" do PT de Luiz Inácio Lula da Silva. Caldera disputou as eleições pela Convergência Nacional, uma coligação de 17 partidos que estraçalhou o histórico bipartidarismo venezuelano. Para repetir o fenômeno, Brizola adotou a tese de que "o povo precisa se unir como se fosse uma só pessoa" e iniciou uma peregrinação pluripartidária para seduzir lideranças regionais. O primeiro ataque explícito de Brizola foi ao PMDB, partido que, segundo suas previsões, implodirá nas eleições de 94. Ele disse ao deputado Antônio Britto (PMDB-RS) que o PDT pode apoiar sua candidatura ao governo gaúcho, "dependendo da posição nacional do PMDB". Texto Anterior: Quércia diz que 'é cedo' para Britto Próximo Texto: Discurso será de empresário Índice |
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