São Paulo, domingo, 9 de janeiro de 1994 |
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Instituto faz compotas para exportação; Empresa busca novo mercado
RENATA VALDEJÃO
O Ital (Instituto de Tecnologia de Alimentos), de Campinas (SP), realiza testes com compotas de frutas com baixos teores de açúcar destinados à exportação para os Estados Unidos. A pesquisadora Márcia Paisano Soler, coordenadora do projeto, afirma que a meta é atender às exigências do mercado norte-americano. O Ital é ligado à Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo. Seus recursos provêm dos cofres estaduais e do financiamento de projetos por empresas e entidades de apoio à pesquisa. Está programado um teste de mercado para este mês. Um lote de 90 amostras foi colocado em "quarentena" até sua distribuição no mercado norte-americano, prevista para a primeira quinzena de dezembro. A tecnologia de produção das compotas desenvolvida pelo instituto será repassada para a Killer Indústria e Comércio de Polpas Ltda., de Taquaritinga (SP). A empresa vai entrar com o maquinário para a produção em série. A Killer se associou ao produtor de frutas José Ricardo Rossi, de Monte Alto, que vai fornecer a matéria-prima (leia texto ao lado). Para o teste, o Ital utilizou goiaba, manga e mamão. As compotas passam por um processo de assimilação de açúcar por osmose (transferência). Segundo a pesquisadora, o produto final apresenta 16 graus brix (medida de doçura), contra 22 a 25 graus brix das compotas encontráveis no mercado nacional. Dez graus blix equivalem a 112 gramas de açúcar dissolvidos em um litro de água. O processo de produção da compota consiste em colocar a fruta fresca na embalagem, que é completada com um xarope de água e açúcar aquecido à temperatura de 90 graus centígrados. Depois, o produto é colocado em banho-maria. A quantidade de açúcar no xarope é determinada através de cálculos matemáticos. O material é resfriado com jatos de água e agitação, em tanques de 200 litros. O processo completo leva 15 a 20 dias. Texto Anterior: Farmácia-escola faz remédios e cosméticos Próximo Texto: Sempre alerta Índice |
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