São Paulo, domingo, 9 de janeiro de 1994
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A gangorra das taxas de juros

DA "AGÊNCIA DINHEIRO VIVO"

As taxas de juros dos CDB dispararam na segunda-feira e desmoronaram na quarta. Há duas explicações para a gangorra dos juros. Com a mesma intensidade com que cultivaram, na virada do ano e na segunda-feira, expectativas alarmistas sobre a inflação, as instituições passaram a exagerar nas estimativas otimistas nos três últimos dias da semana. O IGP-M para janeiro negociado no mercado futuro da BM&F, por exemplo, despencou ciclotimicamente de 41,14% para 39,35%. Pesaram na revisão das expectativas a contenção das tarifas públicas e a integração de Milton Dallari, economista especializado em preços, à equipe de FHC. O segundo motivo é técnico. Como não há BBC –papel que não é vendido pelo BC há três semanas– suficiente para casar as captações de dinheiro prefixado feitas pelos grandes bancos junto ao público, eles estão comprando CDB de outras instituições. O excesso de oferta de dinheiro nos atacadistas fez os juros ruírem 600 pontos.

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