São Paulo, domingo, 9 de janeiro de 1994
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Equipe está há 50 provas sem ganhar

'Jejum' ultrapassa os três anos

FLAVIO GOMES
DA REPORTAGEM LOCAL

Nunca em sua história a Ferrari passou por uma estiagem tão grande de vitórias. Já se vão três anos e três meses desde a última, no dia 30 de setembro de 1990 em Jerez, Espanha, com Alain Prost.
Aquele foi o último campeonato em que a Ferrari se apresentou de maneira competitiva. Não por acaso, o carro, modelo 641, era uma evolução da "Pata", a 640 de bico chato criada por John Barnard que estreou com vitória de Nigel Mansell no Rio em 89, inaugurando a irreversível era dos câmbios semi-automáticos na F-1.
Contratado em novembro de 86, o projetista passou dois anos desenvolvendo a máquina com carta branca do comendador Enzo Ferrari. Teve o que pediu: todo o tempo do mundo e uma fábrica montada na Inglaterra, a GTO. Barnard queria trabalhar longe da bagunça de Maranello e, mais do que isso, precisava preservar seus segredos das bisbilhotices da imprensa peninsular.
O carro e o câmbio foram um sucesso, mas Barnard mal desfrutou dele. Enzo morreu em agosto de 88, o comando da Fiat passou a pressionar o projetista para que a F-1 ficasse concentrada na Itália e Barnard mandou todos às favas em junho de 79. Resultado: em Adelaide, em novembro, a Ferrari chegou à vergonhosa marca de 50 GPs sem vitórias. (FG)

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