São Paulo, domingo, 9 de janeiro de 1994 |
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Aplauso Há muito que se cobra investigações sobre corrupção que extrapolem a esfera apenas do Congresso e avancem para outros focos de irregularidade contra o bolso do contribuinte. É positivo assim constatar que essas apurações indispensáveis podem finalmente começar a ocorrer no âmbito do Executivo. O presidente Itamar Franco indicou os membros da comissão especial criada em dezembro para cumprir exatamente essa tarefa –grupo que terá poderes para propor inquéritos, suspender licitações e pedir a exoneração de funcionários. O que chama mais a atenção, porém, são os nomes designados para a comissão. É evidente, afinal, que será a sua composição que vai determinar, em larga medida, o rigor, o alcance e a independência das investigações. E nesse sentido, as escolhas são surpreendentemente animadoras. Evitando o perigo de que o corporativismo típico do setor público interfira com os trabalhos, o presidente convocou nomes de destaque da sociedade civil, como os juristas Fábio Konder Comparato e Raymundo Faoro e o empresário Emerson Kapaz. A comissão inclui ainda dois ex-ministros do Superior Tribunal de Justiça, um ex-procurador-geral de Alagoas e um general da reserva de alta reputação –além do seu presidente, o ministro Romildo Canhim, da Secretaria da Administração Federal. É uma coleção de nomes respeitáveis e insuspeitos, que assegura à sociedade a realização de investigações isentas e confiáveis. Texto Anterior: Eficiência X emprego Próximo Texto: Os mortos-vivos Índice |
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