| São Paulo, domingo, 9 de janeiro de 1994 |
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o piloto das IDÉIAS
CARMEN MUNARI Se carros fossem assinados, o Logus e o Pointer estampariam na traseira: "By Veiga". O designer paulista Luiz Veiga, 40, pilotou a criação dos dois novos modelos da Volkswagen, onde trabalha há dez anos. Até ver suas criações em movimento, a equipe chefiada por Veiga concorreu com outros dois projetos, apresentados por ingleses e americanos. "Vencemos. Os outros dois eram puro modismo", diz. Veiga largou mulher e três filhos em São Bernardo do Campo, onde mora, e passou o ano de 1989 em um estúdio italiano projetando os veículos. Hoje, não acha graça em ver suas idéias circulando nas ruas: "O trabalho é frustrante, pela demora na execução". A convivência com engenheiros e financistas – que podam a criação – também cansa. "O designer é o artista dentro do mundo da técnica", define. Tanto é artista, que nem faculdade fez. Sua formação se resume a um curso de modelação no Senai e outro na Escola de Belas Artes. A queda por automóveis herdou do pai, aposentado pela General Motors. Para compensar tanta restrição técnica no trabalho, Veiga pinta telas. Define seus quadros como arte gestual, inspirada em Manabu Mabe. Enquanto pinta, ouve jazz, mas quando toca piano ou violão prefere MPB ou bossa nova. "A música tem aparência, valores, tons, como o desenho".– Carmen Munari. Texto Anterior: pá, pum, PIZZA Próximo Texto: muito prazer, SENHORA MARINA Índice |
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