São Paulo, domingo, 9 de janeiro de 1994
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Demanda por caligrafia em convites e diplomas é grande

DA REPORTAGEM LOCAL

Aplicar caligrafia em convites e diplomas é um bom negócio para quem quer ganhar algum dinheiro e trabalhar em casa. É o caso da ex-secretária Iara Araújo Barroso, 26, que fez um curso de caligrafia durante um ano e começou a fazer convites de casamento, por encomenda. "Dá mais retorno financeiro do que meu emprego de secretária" diz. Iara trabalha em casa, faz seu próprio horário e, em novembro, faturou cerca de CR$ 130 mil.
Eliane Mozzilli, 47, também faz caligrafia em convites para qualquer tipo de evento. A atividade permite que ela possa, paralelamente, cuidar das duas filhas. Escreve cem convites por dia e cobra uma média de CR$ 55 por unidade.
Habilidade manual é requisito básico para a profissão, já que é necessário elaborar planilhas com medidas para adequar o tamanho das letras ao do convite ou diploma.
Os materiais usados são penas com cabo de madeira e tintas importadas e nacionais. Cada vidro de tinta importada custa entre CR$ 10 mil e CR$ 30 mil e um jogo de dez penas, cerca de US$ 100. As cores mais usadas são azul, preto, vinho e alguns detalhes em ouro e prata.
A divulgação pode ser feita em anúncios classificados em jornais e revistas ou pelo método boca-a-boca. Em épocas de alta demanda, Maria Christina Rosset Cavalheiro, 34, afirma que chega a escrever mil convites em uma semana. Entre dezembro e janeiro, ela se dedica basicamente à confecção de diplomas. Os preços de cada um variam de CR$ 80 a CR$ 250. Para conquistar novos clientes, Christina faz contatos com comissões de formatura, empresas especializadas na promoção de eventos e formaturas e, também, com bancos e grandes empresas, que costumam oferecer homenagens e diplomas aos seus diretores.
Em São Paulo, existem alguns cursos de caligrafia. O mais tradicional é o De Franco (fundado em 1915). O curso básico varia de um a dois meses. Para o curso profissionalizante são necessárias cem aulas. Os preços variam de CR$ 7.000, por dez aulas, a CR$ 11 mil, por um mês.
Dora Elvira Gregori, 51, trabalha como calígrafa há 25 anos. Em 1985, criou um curso também dividido em dois estágios. Em dezembro, o curso custava CR$ 7.000, por quatro aulas.

ONDE ENCONTRAR
Antônio De Franco Filho - tel. (011) 66-2226
Dora Elvira Gregori - tel. (011) 63-7075

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