São Paulo, segunda-feira, 10 de janeiro de 1994 |
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Líder do PT rebate críticas
DO COORDENADOR DE ARTIGOS E EVENTOS O líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados, deputado José Fortunati (RS), 38, disse que o PT é contra a revisão constitucional não por uma "apreensão corporativa" mas por uma "apreensão de quem quer pensar o país".Para o deputado, a revisão será apressada, sem a devida reflexão por parte dos deputados nem a participação da sociedade. "A Constituição será retalhada para atender a interesses econômicos que não estão claros", diz Fortunati. O líder do PT também não concorda que o candidato do partido, Luiz Inácio Lula da Silva, viva um dilema entre o apoio da classe média ou de uma estrutura partidária corporativa e estatizante, como disse Jobim. Para ele, a maioria do partido dará ao programa do PT um "viés mais amplo". "Não há dois discursos. O que for dito na campanha será cumprido após as eleições", afirma Fortunati. Segundo ele, o PT não considera as estatais intocáveis, mas é contra a desestatização sem critérios. "É preciso reforçar as estatais estratégicas ao país. As outras podem ser vendidas", diz o deputado. Fortunati afirmou também que o PT fará tudo para obstruir os trabalhos da revisão, mas que, se as votações ocorrerem, o partido não se omitirá. Texto Anterior: Candidato surgirá da revisão, diz Jobim Próximo Texto: 90% das emendas mantêm a atual Constituição Índice |
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