São Paulo, segunda-feira, 10 de janeiro de 1994
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Catê quer melhorar sua imagem na SP

Meia foi cortado por Telê Santana

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma despedida inesquecível. Foi tal motivo que incentivou o meia Catê a se destacar no time de juniores do São Paulo –descartado por Telê Santana da equipe de profissionais que vai disputar o Campeonato Paulista, Catê teve seu passe emprestado ao Cruzeiro. Antes, porém, disputa a Copa São Paulo. "Resolvi mostrar a falta que vou fazer", revelou.
Os primeiros indícios já surgiram na partida de estréia do time, contra o Cerro Porteno do Paraguai, na sexta-feira passada, quando o São Paulo goleou por 4 a 0. Catê marcou o terceiro e mais bonito gol: depois de tabelar com Jamelli, o jogador esperou a saída do goleiro para chutar forte.
A jogada revelou também um dos aspectos decisivos da tática elaborada pelo técnico Murici. Com a equipe formada por jogadores que foram campeões no ano passado, o treinador apostou no entrosamento já elaborado entre os jogadores. A história confirma o sucesso da empreitada: na final do ano passado, quando o São Paulo venceu o Corinthians (4 a 3), Catê fez um gol e Jamelli os outros três.
Catê colecionou depois outro título importante, o de campeão mundial de juniores, pela seleção brasileira, que venceu Gana, na final disputada na Austrália. Conduzido ao time profissional por Telê Santana, Catê aumentou sua experiência internacional ao participar de uma excursão na Espanha, em agosto passado.
Ao lado de Rogério e Jamelli, enfrentou a Lazio (equipe italiana dos ingleses Platt e Gascoigne), a Sampdoria e o Barcelona. Os problemas começaram, porém, no Campeonato Brasileiro. Um atraso na apresentação para a concentração o afastou do time. Telê não gostou da atitude e riscou seu nome dos planos para 94.
No mês passado, o São Paulo acertou o empréstimo de seu passe ao Cruzeiro, por US$ 100 mil, durante um ano, com o preço fixado em US$ 1 milhão. Consciente da necessidade de sua função na equipe, o técnico Murici convenceu os dirigentes a manter o jogador durante a Copa São Paulo. "Foi um reconhecimento", reconhece Catê. "Minha única resposta só poderia acontecer dentro de campo."

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