São Paulo, segunda-feira, 10 de janeiro de 1994
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Angelo impõe o ritmo de axé na equipe

SÉRGIO KRASELIS
DA REPORTAGEM LOCAL

O ponta-esquerda Angelo, 20, conquistou anteontem a torcida palmeirense. Apesar de desperdiçar várias chances de gol no jogo contra o Criciúma, acabou formando uma boa dupla com o meia Amaral e saiu de campo como o melhor jogador da partida.
"Tem dias que por mais que a gente faça a bola não entra. Tive um dia desses", afirmou o jogador, cujo passe foi comprado por US$ 80 mil pelo ex-lateral-esquerdo Pedrinho, que jogou no Palmeiras na década de 80.
Nascido e criado em Ipiaú, no interior da Bahia, Angelo, 72 kg e 1,77 m, conta que disputava muitas peladas nas ruas da cidade. Desde então, adquiriu muita velocidade, que pôde mostrar na partida de sábado."Angelo tem a qualidade de ser um bom atacante, mas vou procurar usá-lo também para reforçar o meio-de-campo", promete o técnico Nilton Pinto Barbosa, o Niltinho.
Apesar de baiano, Angelo tem um forte sotaque mineiro, adquirido nos quatro anos em que viveu em Belo Horizonte. Lá, jogou dois anos no Cruzeiro e depois ficou mais dois anos no Santa Tereza. Em São Paulo pela primeira vez, diz que gosta muito do ambiente profissional de seu novo clube. "Cheguei há três semanas mas já deu para sentir que em São Paulo se valoriza muito o trabalho do jogador", diz o atacante.
Ainda sem casa para morar na cidade, ele vive na Academia de Futebol do Palmeiras. Lá, procura recordar das coisas da Bahia ouvindo muita axé-music. "Adoro Daniela Mercury e Banda Mel", conta Angelo, que se define como uma pessoa tranquila. "Agitado só fico mesmo dentro de campo", afirma.(Sérgio Kraselis)

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