São Paulo, segunda-feira, 10 de janeiro de 1994 |
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Jornalista é morto em passeata a favor da paz na África do Sul
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS Pelos menos duas pessoas morreram ontem após ataque a uma manifestação realizada pelo Partido Comunista e Congresso Nacional Africano (CNA) em Katlehong, perto de Johannesburgo.Um dos mortos é o jornalista Abdul Shariffe, de 31 anos, um fotógrafo sul-africano free-lancer. Dois outros jornalistas também ficaram feridos. Segundo a agência "France Presse", uma mulher e uma criança que estavam no local também morreram. Os manifestantes foram atacados a tiros de metralhadora ao passarem em frente a um albuergue. Após o tiroteio, a polícia matou um e capturou outros três suspeitos do ataque. O secretário-geral do CNA, Cyril Ramaphosa, e o líder do Partido Comunista, Joe Slovo, escaparam ilesos. Eles foram jogados ao chão por seus guarda-costas, que responderam ao fogo vindo do albergue. O CNA criticou a polícia por não providenciar proteção adequada aos manifestantes. Um porta-voz da polícia disse, no entanto, que o CNA sequer informara a polícia sobre a manifestação. O CNA organizou a passeata para angariar apoio à sua campanha para terminar com a violência entre as chamadas "unidades de autodefesa de Katlehong". Pelo menos 15 pessoas morreram no local desde o Natal. Katlehong, junto com o vilarejo vizinho Tokoza, é um dos mais atingidos pela violência política no país. Pelo menos metade das 3.000 mortes políticas do ano passado ocorreram na área. Após o tiroteio, a manifestação prosseguiu. Texto Anterior: México nomeia comissão para conflito Próximo Texto: Ocidente absorve os vencidos na Guerra Fria Índice |
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