São Paulo, segunda-feira, 10 de janeiro de 1994
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Mais leitura; Carta de FHC; 94 - 86?; Encargos sociais e emprego

Mais leitura
"1994 começa auspicioso para a Folha, jornal que abre espaço à cultura. O caderno Mais!, digno de louvor pela pesquisa levantada para mostrar que a metade dos paulistanos não leu sequer um livro durante o ano findo. Documenta seu prestígio quando busca o perfil do leitor de jornal e do livro. Uma radiografia perfeita que deve ter continuidade. Apenas como lembrete e ilustração, em recente pesquisa realizada no metrô londrino, a opinião pública ficou espantada diante da queda de 10% de usuários que deixaram de ler livros ou revistas durante os percursos. Que venham outras pesquisas para incentivar o hábito de leitura. Quantos frequentaram uma livraria durante o ano?"
Henrique L. Alves (São Paulo, SP)
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"A respeito da matéria publicada no caderno Mais! de 2/01, 'Metade dos paulistanos não leu nenhum livro no último ano', há que se considerar: faz-me rir o principal argumento apresentado na pesquisa do Datafolha para justificar a falta de leitura: não há tempo disponível. O paulistano cansa de perder tempo em demoradas filas. Cinema, bancos, ônibus, hipermercados... cada um destes lugares obriga o cidadão ao exercício da paciência, a qual muitos alegam não ter para ler livros. Diante disso, sugiro que autores, livreiros, editores, lancem uma campanha nos grandes centros urbanos: 'Leia na fila –e não veja o tempo passar'."
Maurício Luís Silva (São José do Rio Pardo, SP)

Carta de FHC
"Muito pertinente a troca de correspondências entre o ministro Fernando Henrique Cardoso e o jornalista Janio de Freitas, publicada na edição de 3/01. Mostra, claramente, que o país está à deriva. Com todo o respeito que lhe devo, não posso aceitar que o sr. ministro rotule de falaciosa a colocação de que, em outras palavras, estamos pagando o pato."
João Carlos Pavesi (São Paulo, SP)

94 - 86?
"O sr. José Sarney comoveu os leitores da Folha com seu saudosismo no seu artigo do dia 31/12. Lembrou as virtudes (?) do Plano Cruzado, mas 'esqueceu' os defeitos. 'Que 94 seja 86'? Que nada! Assim como 1986, 1994 será um ano de eleições. Não podemos esquecer que naquele ano o governo deixou de fazer os ajustes no plano econômico (principalmente aqueles relacionados ao realinhamento de preços), pois era preciso aproveitar que o povo ainda estava iludido com o sucesso passageiro do Cruzado para eleger os candidatos do PMDB. Que 94 não seja 86."
Célio de Souza Lopes (São Paulo, SP)

Encargos sociais e emprego
"Bom um jornal como a Folha, que assim como dá espaços a Antonio Kandir, ex-secretário de Política Econômica no governo Collor (Folha, 19/12), coordenador da proposta de reforma da Previdência patrocinada pela Força Sindical de Medeiros (alternativa privatizante e contra os interesses dos trabalhadores), também abre caminho para argumentações claras de especialistas como o sr. Edward J. Amadeo (Folha, 4/01, caderno Dinheiro, Opinião Econômica), com a chancela da Universidade de Harvard (EUA) e PUC/RJ. Objetivo e demolidor, o artigo do sr. Edward derruba de vez a proposta absurda de redução pura e simples (ou a isenção provisória e parcial) de encargos sociais sobre folha, com a justificativa enviesada de um indemonstrável aumento do emprego formal, como defende e patrocina, contraditoriamente, o ministro do Trabalho, Walter Barelli."
Miguel Angelo Melo de Brito, vice-presidente do Sindicato dos Fiscais de Contribuições Previdenciárias no Estado da Bahia (Salvador, BA)

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