São Paulo, quinta-feira, 13 de janeiro de 1994
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Bolsa já acumula alta de 50% no mês

RODNEY VERGILI
DA REDAÇÃO

As Bolsas reagiram bem à indicação do deputado Luiz Carlos Santos (PMDB-SP) para novo líder do governo na Câmara. A interpretação de profissionais do mercado é a de que aumentam as chances de aprovação do plano do ministro Fernando Henrique no Congresso Nacional.
O índice da Bolsa paulista registrou ontem alta de 6,9%, seguido por valorização de 8,3% no indicador da congênere carioca.
O índice Bovespa já acumulou alta de 43% este mês e o índice Senn (Bolsa do Rio) valorizou-se 50% no mesmo período.
Os fundos de capital estrangeiro dobraram, em termos reais, a lucratividade no ano passado em termos reais, o que está atraindo novos investidores para as Bolsas brasileiras este ano. Os volumes de negócios estão crescendo. Ontem, a Bolsa paulista movimentou US$ 203,7 milhões, contra US$ 182,0 milhões no dia anterior.
As taxas de juros interromperam ontem o movimento a iniciado no último dia 5. Os juros dos CDBs registraram elevação de 164 pontos, refletindo a alta da inflação medida pela Fipe na primeira quadrissemana de janeiro (39,5%).
O custo do dinheiro no mercado futuro de DI para janeiro subiu para 43,06% ontem, contra 42,93% no dia anterior.
Os juros altos do mercado financeiro estão fazendo com que os investidores vendam dólar no paralelo. O deságio do dólar no "black" bateu ontem novo recorde: 5,34%.

JUROS
Curto prazo
Os cinco maiores fundões renderam, em média, 1,562% no dia 10, projetando um rendimento para o mês de 38,26%. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros oscilaram entre 50,08% e 50,12% ao mês por um dia.

CDB e caderneta
As cadernetas que vencem hoje rendem 41,6346%. CDBs prefixados negociados ontem: de 11.750% a 12.100% ao ano para 30 dias. CDBs pós-fixados de 90 dias: 19,8% a 21,5% ao ano mais a variação da TR.
Empréstimos
Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: de 50,12% a 50,42% ao mês. Para 30 dias (capital de giro): de 11.840% a 12.000% brutos ao ano.
No exterior
Prime rate: 6%. Libor: 3,3125%.

AÇÕES
Bolsas
São Paulo: alta de 6,9%, fechando com 53.643 pontos e volume financeiro de CR$ 75,31 bilhões. Rio: alta de 8,3% (I-Senn), fechando com 20.951 pontos e volume financeiro de CR$ 15,50 bilhões.
Bolsas no exterior
Londres: baixa de 32,30 pontos, fechando com 2.574,4 pontos. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com alta de 308,63 pontos, fechando a 18.793,88 pontos.

DÓLAR E OURO
Dólar comercial (exportações e importações): CR$ 369,715 (compra) e CR$ 369,725 (venda). No dia anterior, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a CR$ 363,970 (compra) e CR$ 363,975 (venda). "Black": CR$ 343,00 (compra) e CR$ 350,00 (venda). "Black" cabo: CR$ 353,00 (compra) e CR$ 356,00 (venda). Dólar-turismo: CR$ 337,00 (compra) e CR$ 347,00 (venda), segundo o Banco do Brasil.
Ouro: alta de 1,40%, fechando a CR$ 4.500,00 o grama na BM&F.
No exterior
Segundo a "UPI", em Londres a libra fechou cotada a US$ 1,4951, contra US$ 1,4903 no dia anterior. Em Frankfurt o dólar foi cotado a 1,7370 marco alemão, contra 1,7400 no dia anterior. Em Tóquio, o dólar fechou cotado a 111,72 ienes, contra 112,45 ienes. Em Nova York a onça-troy (31,104 gramas) do ouro fechou a US$ 386,30, contra US$ 388,00 no dia anterior.

FUTUROS
No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para janeiro fechou em 43,06%, contra 42,93% no dia anterior.
No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para fevereiro ficou em 73.200 pontos, projetando uma lucratividade de 49,99% ao mês.
No mercado futuro de dólar, a expectativa de desvalorização cambial ficou em 40,85%, contra 40,79% no dia anterior.
O mercado futuro de IGP-M projetou inflação de 38,67% para janeiro, contra 38,86% no dia anterior.

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