São Paulo, quarta-feira, 19 de janeiro de 1994
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Paula pode deixar time após fim da Taça Brasil

JOSÉ KOSMINSKY
DA FOLHA SUDESTE

A Taça Brasil de Basquete Feminino (de 24 a 30 de janeiro, em Guaratinguetá) pode ser a última competição que a armadora Paula disputa com a camisa da Nossa Caixa/Ponte Preta. A jogadora disse anteontem que recebeu uma proposta da Unimed/Brasil, de Araçatuba, para trocar de time após a disputa da Taça Brasil. Ela tem contrato com a Ponte Preta até o dia 31 de janeiro.
Por ainda ter contrato, Paula disse que "prometeu pensar no caso" e dar uma resposta após o final da competição. "No momento só penso em conquistar a Taça Brasil e depois vou estudar propostas para me transferir", disse. Se Paula mudar de time, estará desmanchando a mais forte equipe da história do basquetebol feminino do Brasil, que além dela, contava com Hortência e Karina. Na próxima segunda-feira, a Ponte Preta viaja para Guaratinguetá para a estréia na taça, que acontecerá no mesmo dia.
A equipe não comemorou o título de bicampeã paulista, conquistado anteontem à noite no ginásio do Ibirapuera com a vitória sobre o Lacta, de Santo André, por 108 a 86. A diretoria tinha programado uma festa que previa carreata em carro de bombeiros e recepção no estádio Moisés Lucarelli, mas nada disso acabou acontecendo. A equipe foi de ônibus direto de São Paulo para as casas das jogadoras.
Segundo um integrante da Torcida Organizada Serponte, que pediu para não ser identificado, o ex-presidente da Ponte Preta Marco Abi Chedid teria pedido anteontem à noite, no próprio ginásio do Ibirapuera, aos chefes das torcidas organizadas para colocar bandeiras na porta do estádio e ir receber as jogadoras. Chedid disse ontem que realmente combinou com os torcedores a recepção, mas que, por não ser mais presidente, desconhecia que a festa não tivesse sido feita e disse que as providências tinham que ser tomadas pela atual diretoria.
Violência
Um torcedor de 13 anos, integrante da Torcida Jovem da Ponte Preta levou um tiro ontem de madrugada perto do estádio Moisés Lucarelli. Segundo os torcedores, dois homens passaram em uma moto e deram dois tiros. O primeiro foi para o alto e o segundo atingiu a perna do torcedor, que foi levado para o hospital Mario Gatti.
Outro problema enfrentado pela Torcida Jovem foi na ida para São Paulo. "Para começar, a diretoria marcou a chegada dos 30 ônibus às 17h e os ônibus começaram a chegar, de dois em dois, só às 18h30. Também dois dos nossos ônibus foram parados no pedágio de Valinhos e obrigados a voltar para Campinas. Os ônibus que conseguiram ir ao ginásio chegaram com o jogo já em andamento", disse o gerente da Torcida Jovem, Cláudio Henrique Albuquerque.

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