São Paulo, quarta-feira, 19 de janeiro de 1994 |
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Lorena estava 'louca' ao castrar, diz médica
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
A defesa de Lorena tenta convencer o júri de que ela teve "insanidade temporária" o que, pelas leis do Estado de Virgínia, onde o caso está sendo julgado, a torna inocente do crime de agressão com dolo de que é acusada. Ela pode ser condenada a até 20 anos de prisão e a deportação para o Equador, onde nasceu, se o júri a considerar culpada. Lorene alega ter sido agredida e estuprada diversas vezes pelo marido, inclusive na noite do crime. Ele foi absolvido em novembro da acusação de estupro marital e nega ter violentado ou batido na mulher. Os dois ficaram casados quatro anos e meio, não têm filhos e estão se divorciando. Pesquisa divulgada esta semana pela revista "Newsweek" mostra que embora apenas 16% dos entrevistados considerem Lorena inocente, 38% acham que ela não deve ir para a prisão. Só 23% querem a pena máxima. Entre as mulheres, apenas 13% defendem essa opção e 45% preferem que ela não seja presa. O julgamento de Lorena Bobbitt tem sido há dez dias o principal assunto dos programas de rádio com a participação dos ouvintes e está sendo assistido por pelo menos dez milhões de pessoas em transmissões ao vivo das TV por cabo CNN e Court-TV. Em Manassas, a pequena cidade na região metropolitana de Washington onde o crime ocorreu, o caso Bobbitt virou atraçã turística. O escritor Gay Talese é uma das centenas de pessoas de fora que acompanham o julgamento no tribunal. Ele vai escrever um livro sobre o caso. (CELS) Texto Anterior: Reagan e Bush omitiram fatos no caso Irã-contras, conclui inquérito Próximo Texto: Mulher e filha cortam escroto de equatoriano Índice |
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