São Paulo, sexta-feira, 21 de janeiro de 1994
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Tuberculose cresce em Ribeirão Preto

DA FOLHA NORDESTE

A Santa Casa de Ribeirão Preto (SP) começou ontem a reformar os 15 leitos e as instalações hidráulicas e elétricas do Abrigo Ana Diederichsen para aumentar a capacidade de atendimento a tuberculosos na cidade. A doença ataca o pulmão e pode causar a morte. Estima-se que o abrigo terá capacidade de atender dez vezes mais do que os atuais 12 pacientes que estão sendo tratados. O prédio deve ser entregue em 60 dias.
Segundo o chefe do serviço de pneumologia da Santa Casa e diretor do abrigo, José Galati Júnior, 64, com a estrutura relaxada de tratamento da tuberculose, depois da descobeta de três drogas usadas na cura da doença na década de 50, a incidência voltou a crescer no país. Em Ribeirão, a doença cresceu 20% nos últimos três anos, passando de 212 casos em 91 para 246 em 93.
O crecimento da miséria e o aumento dos portadores de Aids foram os principais fatores que elevaram os casos de tuberculose em Ribeirão. "A tuberculose é uma das primeiras manifestações da fraqueza orgância de um indivíduo com aids", informou Galati.
Má alimentação, promiscuidade e tendêcia de aglomeração devido às más condições de moradia são outros motivos que levaram ao crescimento da tuberculose, de acordo com Galoti.
Galoti disse que com o fim da exigência do exame de abreugrafia (exame do pulmão) para empregados contratados por empresas –extinto em 90 pelo então ministro do Trabalho, Rogério Magri– as autoridades deixaram de ter números oficiais da doença no país.

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