São Paulo, sábado, 22 de janeiro de 1994
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Ouro bate recorde com exercício de opções

DA REDAÇÃO

O mercado do ouro bateu recorde histórico ontem no volume de negócios, por causa do exercício de opções. O movimento foi de 88,9 toneladas, equivalente a US$ 1 bilhão. O volume é expressivo, se comparado à produção anual brasileira de ouro que varia entre 60 a 70 toneladas.
O recorde anterior foi em 15 de janeiro de 1993, quando foram movimentadas 64,7 toneladas de ouro.
O índice da Bolsa paulista subiu 83,56% este mês até ontem, seguido por alta de 91,54% no indicador da congênere carioca. Ontem, os investidores aproveitaram para realizar lucros através de pesadas ordens de venda.
O mercado continua acreditando em empresas do setor elétrico. As ações da Eletrobrás PNB estiveram entre as maiores altas com evolução de 9,4% em relação ao dia anterior.
O índice da Bolsa paulista fechou ontem com baixa de 0,07% em relação ao dia anterior. O indicador de preços da Bolsa carioca caiu 2,6%.
O Banco Central realizou ontem dois leilões de compra no mercado do dólar comercial. O BC sinalizou desvalorização cambial de 39,9% para este mês. No mercado futuro de dólar, a desvalorização projetada para este mês ficou em 41,21%.
O mercado futuro de IGP-M projetava inflação para janeiro de 39,31% praticamente igual a do dia anterior (39,38%). (Rodney Vergili)

JUROS
Curto prazo
Os cinco maiores fundões renderam, em média, 1,680% no dia 19, projetando um rendimento para o mês de 39,73%. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros oscilaram entre 52,14% e 52,35% ao mês por um dia.
CDB e caderneta
As cadernetas que vencem hoje rendem 43,7753%. CDBs prefixados negociados ontem: de 6.940% a 7.050% ao ano para 30 dias. CDBs pós-fixados de 90 dias: 18,0% a 21,0% ao ano mais a variação da TR.
Empréstimos
Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: de 52,2% a 52,7% ao mês. Para 30 dias (capital de giro): de 7.100% a 7.295% brutos ao ano.
No exterior
Prime rate: 6%. Libor: 3,3125%.

AÇÕES
Bolsas
São Paulo: baixa de 0,07%, fechando com 68.917 pontos e volume financeiro de CR$ 132,60 bilhões, contra CR$ 146,25 bilhões no dia anterior. O Indice Senn registrou baixa de 2,6%, fechando com 26.716 pontos.
Bolsas no exterior
Londres: alta de 9,2 pontos, fechando a 2.668,5 pontos. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com elevação de 123,51 pontos, fechando a 19.307,43 pontos.

DÓLAR E OURO
Dólar comercial (exportações e importações): CR$ 413,670 (compra) e CR$ 413,680 (venda). No dia anterior, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a CR$ 406,975 (compra) e CR$ 406,985 (venda). "Black": CR$ 394,00 (compra) e CR$ 402,00 (venda). "Black" cabo: CR$ 400,00 (compra) e CR$ 404,00 (venda). Dólar-turismo: CR$ 385,00 (compra) e CR$ 395,00 (venda), segundo o Banco do Brasil.
Ouro: alta de 2,69%, fechando a CR$ 5.160,00 o grama na BM&F.
No exterior
Segundo a "UPI", em Frankfurt o dólar foi cotado a 1,7362 marco alemão, contra 1,7350 no dia anterior. Em Tóquio, o dólar fechou cotado a 111,20 ienes, contra 111,43 no dia anterior. Em Nova York a onça-troy (31,104 gramas) do ouro fechou a US$ 381,40, contra US$ 387,50 no dia anterior.

FUTUROS
No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para janeiro fechou em 43,44%, contra 43,59% no dia anterior. A projeçãõ de juros para fevereiro fechou em 42,53% ao mês.
No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para fevereiro ficou em 83.800 pontos, projetando uma lucratividade de 36,17% ao mês.
No mercado futuro de dólar, a expectativa de desvalorização cambial ficou em 41,21%, contra 41,33% no dia anterior. O mercado futuro de dólar projetou desvalorização de 39,93% para fevereiro.

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