São Paulo, sábado, 22 de janeiro de 1994
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Reajustes perdem o ritmo em São Paulo

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

Os reajustes de preços praticados pelos supermercados não estão acompanhando o ritmo da inflação nas últimas semanas. A queda das vendas e a melhora de oferta, principalmente de alimentos, estão segurando os aumentos.
Esta tendência contraria as expectativas dos próprios donos de supermercados, que esperavam para janeiro forte aceleração, devido às novas listas de preços divulgadas pelas indústrias.
As taxas menores de reajustes ocorrem devido à acomodação dos preços dos alimentos, os mesmos itens que foram responsáveis pela disparada da inflação no mês passado.
No período de 11 a 18 de janeiro, os supermercados reajustaram em 7,51%, contra 8,63% na semana anterior. Nos hipermercados, a correção de preços ficou em 6,96%, abaixo dos 9,15% da semana anterior.
Entre os produtos básicos, a desaceleração da taxa de reajuste é mais acentuada. Nesta semana, os preços subiram 4,12%, bem abaixo dos 8,35% do período imediatamente anterior. Estes dados constam de pesquisa de preços do Datafolha em 24 supermercados e hipermercadsos de São Paulo.
A média semanal de reajuste nestes estabelecimetnos neste ano está em 7,2%, para uma taxa corrente de inflação próxima a 8,9%, segundo dados da Fipe.
Apesar do aumento médio dos supermercados abaixo da inflação, Firmino Rodrigues Alves, da Associação Paulista de Supermercados, diz que alguns produtos mantêm disparada de preços.
Alguns setores, como o de cereais, estão interrompendo tendência de alta. Outros, como o óleo de soja, começam agora a subir com maior intensidade. No caso dos cereais, a expectativa que se tinha até dezembro de falta de produto na entressafra –o que não se confirmou– forçou a alta dos preços para cima.
Com a perspectiva da chegada da safra a partir da segunda quinzena de fevereiro e a redução das vendas por parte das indústrias de empacotamento, os preços pararam de subir.

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