São Paulo, sábado, 22 de janeiro de 1994
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Número de mortes pelo frio nos Estados Unidos chega a 130

DE WASHINGTON

A temperatura começou a subir ontem nas regiões Leste e Meio-Oeste dos EUA e a previsão para hoje é de que, pela primeira vez em 11 dias, ela ficará acima de 0ºC na maior parte do país. O estado de emergência em Washington foi suspenso ontem às 10h. O número de mortes chegou a 130, 81 a menos do que na "tempestade do século", em 1993.
Ao contrário do ano passado, no inverno de 1994 não ocorreram ainda grandes nevascas. Mas o frio nos últimos dez dias, dos mais intensos deste século, foi o responsável direto por muitas das 130 mortes.
Jeffrey Barrett, 35, bateu com seu carro em Patterson, Nova York, na madrugada de quinta-feira. Foi pedir auxílio em diversas casas da vizinhança onde estava e ninguém o atendeu. Passou a madrugada caminhando e foi encontrado morto pela manhã.
Toini Oberg, 74, e o marido, Erny, 81, visitaram a filha na área rural do norte de Wisconsin na quinta-feira. A cerca de 500 metros da casa do genro, bateram com o carro. A temperatura era de -29ºC, mas o fator vento a reduzia para -55ºC. Toini tentou voltar para a casa do genro, mas morreu minutos depois de sair do carro.
Marjorie Lagerwall, 69, resolveu na terça-feira que deveria ir colocar comida para os passarinhos do lado de fora de sua casa, em Saint Paul, Minnesota, apesar da temperatura de -27ºC. Escorregou no gelo, caiu, não conseguiu levantar-se e morreu.
Natalie Beroscak, 81, achou que precisava checar sua caixa de correio na quarta-feira, colocou um casaco de inverno e saiu de casa em Pittsburgh, Pensilvânia, onde a temperatura era de -23ºC. O carteiro não havia passsado e Natalie morreu no caminho de volta.

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